Você está aqui: Página Inicial > Cajazeiras > Notícias > 2016 > 07 > Jogo educativo ensina sobre Leis de Mendel

Noticia

Jogo educativo ensina sobre Leis de Mendel

Aplicativo foi desenvolvido por alunos do Curso Técnico Integrado em Informática.
por publicado: 12/07/2016 17h43 última modificação: 19/07/2016 09h12

 O Campus Cajazeiras esteve presente na 68ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) representado pelo trabalho Desenvolvimento de aplicativo para auxiliar a aprendizagem das Leis de Mendel. O evento foi realizado na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), em Porto Seguro, entre os últimos dias 3 a 9 de julho.

O trabalho é fruto de um projeto de pesquisa vinculado ao programa PIBIC – EM, do CNPq. A equipe executora é composta pelos alunos Beatriz Bezerra de Souza, Emídio José de Souza e Fernanda da Silva Vieira, do Curso Técnico Integrado em Informática, que foram orientados pelos professores Gustavo Soares Vieira (Informática) e Wilza Carla Moreira Silva (Biologia). Eles desenvolveram um aplicativo, do tipo Serious Game, (jogo educativo) que auxilia na compreensão das Leis de Mendel, conteúdo básico estudo da genética, no qual boa parte dos alunos sente dificuldade.

O aplicativo, denominado “Segundo Mendel”, levou cerca de sete meses até ficar pronto e é fruto de um trabalho conjunto, onde a professora Wilza foi a idealizadora e contou com os alunos e Gustavo para desenvolvê-lo. Agora já é possível baixa-lo através celulares com o sistema Androide através da loja do Google (Play Store). O download também pode ser feito através do endereço eletrônico: https://play.google.com/store/apps/details?id=org.test.segundomendel.

Emídio José foi o aluno criador do design gráfico do projeto. Ele explicou o funcionamento do Segundo Mendel. “O aplicativo tem basicamente três partes: histórico sobre o Mendel, a primeira e segunda lei. Cada uma dessas partes tem teoria, curiosidades e prática. Nas curiosidades aplicamos a teoria a situações do cotidiano, como as anomalias hereditárias, a exemplo do albinismo, miopia... a partir daí o usuário vai responder as perguntas do quiz e dependendo da quantidade de questões que acertar, ele ganha um troféu, que pode ser de ouro, prata ou bronze”.

A pesquisa bibliográfica sobre o assunto foi tarefa de Fernanda. Ela conta que no início ficou assustada com o tamanho da responsabilidade, mas teve no trabalho um dos maiores aprendizados de sua vida. “Quando a professora Wilza trouxe a proposta do aplicativo eu fiquei até com medo, porque é uma responsabilidade muito grande fazer algo que vai ser usado e avaliado e pode ajudar outras pessoas. Agora eu vejo o quanto nós aprendemos. Graças ao projeto, aprofundamos e ampliamos o nosso conhecimento em muita coisa que não veríamos no curso”.

A discente Beatriz Bezerra, responsável pela codificação do aplicativo, apresentou junto com a professora Wilza o Segundo Mendel à comunidade acadêmica durante a SBPC. Ela afirma que agora tem certeza do caminho profissional que pretende seguir. “Foi uma experiência muito enriquecedora, principalmente porque deu pra perceber como os desenvolvedores trabalham de fato e ao desenvolver o aplicativo eu tive a certeza de que é isso que eu quero fazer na vida. E apresentar o projeto na SBPC foi a mostrar à sociedade o fruto de um trabalho em equipe”.

A professora Wilza começará a usar o aplicativo em sala de aula neste semestre, mas já recebeu avaliações positivas da ferramenta. “Eu pedi para os alunos baixarem e os comentários em sala já começaram. alguns estão respondendo os testes e vieram elogiar dizendo que gostaram. À medida que formos usando pretendemos aperfeiçoá-lo e quem sabe desenvolver outros aplicativos na temática da genética. O próximo pode tratar dos grupos sanguíneos”, afirmou.

A troca de saberes e o trabalho conjunto entre diferentes disciplinas é para o professor Gustavo um caminho promissor na educação. “O resultado do projeto foi muito positivo, os alunos conseguiram vivenciar o que acontece em uma empresa: receberam a demanda e criaram o produto com êxito. Eu acho que essa interdisciplinaridade é sensacional, sinto falta de juntar a informática com outras disciplinas, como matemática, física, enfim... mas já estamos abrindo caminho para isso, além deste trabalho com a biologia, agora estamos trabalhando em conjunto com o pessoal de automação, na questão da robótica e podemos fazer muitas outras parcerias”.

 

Lidiane Maria – Jornalista do IFPB/Campus Cajazeiras.

registrado em: