Em março de 1911, um grande incêndio ocorreu em uma fábrica têxtil da Triangle Shirtwaist Company, em Nova York. Naquele dia, morreram 146 trabalhadores, sendo sua ampla maioria composta por mulheres e meninas. Depoimentos da época dão conta que os patrões mantinham todas as portas fechadas a chave, inclusive as de emergência, o tempo todo, por medo que as trabalhadoras pudessem roubar alguma coisa.

Naquele contexto, operários e operárias trabalhavam em condições precárias de segurança, em uma jornada de trabalho exaustiva, e as mulheres ainda recebiam salários baixíssimos, um terço do que os homens ganhavam.O incêndio naquela fábrica têxtil em Nova York marcou profundamente a história das mulheres e das relações de gênero, cristalizando o mês de março como um momento de reflexão sobre o passado, a fim de se compreender no presente as relações de desigualdade que se estabelecem.

Daí surge a data do 08 de março como Dia Internacional da Mulher.Relembrar os caminhos que levaram à criação desta importante data nos leva além da congratulação ocasional. Afinal, muitas são as conquistas obtidas no sentido da superação das desigualdades entre homens e mulheres e do respeito a suas diferenças, mas há ainda muito o que mudar.O reconhecimento, na verdade, deve fazer parte das relações do dia a dia, por meio da superação de preconceitos e discriminações de gênero.

A nossa mudança profunda passa pela reorientação de práticas e ideias, pela transformação de nossa cultura, pela educação de nossos jovens e de nós mesmos.Que o extraordinário se transforme em cotidiano.

Parabéns, mulheres, por serem quem são e como são, durante todos os dias do ano.

Lício Romero Costa
Diretor Geral do Campus Cabedelo

Coordenação de Comunicação Social do IFPB - Campus Cabedelo