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Estudante do Campus Cabedelo cria protótipo que mapeia casos de assédio sexual em cidades

O protótipo de aplicativo Eva foi vencedor do concurso “Hack a City” em Recife
por publicado: 05/07/2016 17h19 última modificação: 05/07/2016 17h19

Aliar tecnologia ao combate à violência sexual foi a proposta do aplicativo Eva desenvolvido pela estudante do curso de Design Gráfico do Campus Cabedelo, Simony César, juntamente com um grupo de estudantes da área de computação da UFPE e UFRPE.

O protótipo de aplicativo foi um dos vencedores do concurso “Hack a City”, realizado nos dias 27 e 28 em Recife, que lançou aos jovens o desafio de desenvolver soluções para problemáticas que ocorrem dentro das cidades.

Simony conta que a ideia surgiu a partir dos crescentes casos de assédio em ônibus e de violência contra a mulher, que ganhou notoriedade da mídia com o caso da jovem violentada no Rio de Janeiro.  “Percebi que se faz mais do que imediata a necessidade de ampliar as vozes das mulheres vítimas, uma vez que, por conta desse sepultamento do tema ou o "tirar por menos" que nos dizem, só alimenta e colabora para a cultura do estupro velado por essa sociedade misógina e machista”, afirma a estudante.

Assim, a ideia de aliar tecnologia ao combate à violência sexual foi ganhando forma e com o apoio técnico na área de programação dos estudantes de Sistemas de Informação, Jorge Delgado (UFRPE), Edvan Soares (UFRPE), Wagner Palacio (UFRPE) e Douglas Vasconcelos aluno de Engenharia da Computação, foi desenvolvido o protótipo e criado o Eva. “Se posso traduzir o Eva em uma fórmula, arriscaria: Feminismo + Tecnologia = Empoderamento”, disse a estudante, que lembra que o nome Eva, tem um significado que nos remete à história do criacionismo, quando Eva foi expulsa do paraíso. “Então representa a quebra da culpabilização da mulher”, disse Simony.

Através do aplicativo será possível mapear os principais casos de assédio na cidade, identificando as linhas que têm maior índice de assédio, o horário, trecho e ainda registros fotográficos dos criminosos. “Não só pras mulheres, mas também para a polícia, o EVA é uma arma de combate ao assédio, estupro e outras formas de violência contra a mulher. O EVA é a sororidade tecnológica”, comemora a estudante do IFPB.

O projeto já tem gerado seus primeiros resultados e possivelmente será viabilizado pela Secretaria da Mulher do Recife.

 

Coordenação de Comunicação Social do IFPB - Campus Cabedelo

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