A III Semana da Diversidade e Gênero do Campus Cabedelo dá início no dia de hoje (16), às suas atividades. Oficinas de cartazes com o tema: “Diversidade e Gênero contra homofobia, lesbofobia e transfobia”, e apresentação teatral do Coletivo Rouxinol de Teatro do Oprimido, com o espetáculo: “Ninguém viu, ninguém vê e ninguém quer saber” são os destaques do dia.

As oficinas foram realizadas em salas de aulas onde os alunos se reuniram em equipes para a confecção dos cartazes que, posteriormente, serão avaliados e os melhores serão premiados. Nesta atividade houve uma grande participação dos alunos que resultou na produção de um material muito enriquecedor, abordando a temática em questão.

As alunas do 2° ano do curso de Multimídia, Jennyfer de Oliveira, Carolina Ribeiro, Camilly Galvão, Antony Aragão e Isabely Borges, abordaram em seu cartaz a questão dos padrões impostos pela sociedade e que acabam “sufocando” quem não se encaixa nesses mesmos padrões.

Já as alunas Lays Victória, Rebeca Ferreira, Rayane Silva, Graziely Pereira e Bianca Figueiredo, também do 2° ano do curso de Multimídia, tiveram a ideia de abordar a repressão da sociedade sobre alguns grupos sociais e a busca desses grupos pela liberdade. As alunas destacam a importância do evento ao trazer para o debate questões como essas e que ajudam as pessoas a refletirem sobre a liberdade de cada um.

Os alunos do 2º ano do curso de Recursos Pesqueiros. Sara Raquel, Ana Rafaela, Rafael Sales, Ruana Letícia e Andreza Aires, optaram por produzir o cartaz desenhando uma mão com as cores da bandeira LGBT. Segundo a equipe, essa mão representa um “Pare” para o preconceito contra todos os grupos sociais.

Já os alunos do 3º ano do curso de Recursos Pesqueiros, Caio Henrique, Davi Honorato, Dayane Patrícia e José Guilherme, tiveram a ideia de produzir um cartaz com o desenho de uma lupa que representa um esclarecimento para a sociedade compreender que ser LGBT não é uma doença, mas sim, alguém igual a todos os outros apesar de suas diferenças. Os alunos destacaram a importância do evento e do acolhimento de todos os grupos sociais pelo Campus Cabedelo.

Na sequência, houve apresentação do espetáculo teatral do Coletivo Rouxinol de Teatro do Oprimido, que trouxe um espetáculo abordando a temática da violência contra a mulher dentro da sociedade.

O grupo de Teatro do Oprimido teve seu início no ano de 2013 com alunos do curso de Meio Ambiente, porém, o grupo cresceu ao longo dos anos e se transformou no Coletivo Rouxinol de Teatro do Oprimido, onde seus integrantes atuais são alunos e ex alunos do IFPB.

De acordo com Ana Beatriz Ramos Dias, integrante do grupo, esse espetáculo foi criado a partir de trechos de algumas músicas e montagem própria, além disso, também são utilizados recursos audiovisuais, como a exibição de vídeos que tratam da temática abordada.

O grupo aborda diversas temáticas sociais e seus espetáculos são construídos para ser uma ferramenta de discussão e debate social, nesse sentido, a apresentação teatral trouxe para o evento uma reflexão sobre a violência contra as mulheres.

O Brasil ocupa a 5ª posição no ranking dos países que mais cometem assassinatos contra as mulheres, o feminicídio, e o Coletivo Rouxinol de Teatro do Oprimido utilizou esse espaço para dar mais visibilidade a essa questão, que merece ser tratada com urgência.

Após a apresentação do espetáculo houve um momento de abertura para reflexões do público presente e a professora Raquel Goldfarb aproveitou o momento para divulgar o Núcleo de Combate ao Assédio (NCA) do Campus Cabedelo.

O primeiro dia da III Semana da Diversidade e Gênero foi finalizado e o público se mostrou ansioso para os próximos dias que contarão com Mesas Redondas e apresentação de um outro espetáculo teatral do Coletivo Rouxinol de Teatro do Oprimido.

Texto e fotos: Renato Arcúrio Milagre – Coordenador de Comunicação Social do IFPB – Campus Cabedelo