Noticia
GPcar é destaque na Automação e Robótica
O Grupo de Pesquisa em Controle, Automação e Robótica (GPcar), do Campus Cajazeiras do IFPB, era um sonho antigo dos professores Raphael Maciel de Sousa e Romualdo Figueiredo. Mas só em março de 2015 é que foi formalizado e se tornou realidade. No mês seguinte à sua criação, seu primeiro fruto, o robô “Calango”, já foi segundo lugar na Mercury Robot Challenge, competição de robótica promovida pela Universidade do Estado de Oklahoma, nos Estados Unidos. De lá pra cá, os participantes do grupo vêm colecionando publicações, projetos de pesquisa e pódios em competições, nacionais e internacionais, e as novas ideias não param de surgir.
O surgimento do GPcar aconteceu paralelamente à realização da primeira Competição de Robótica do IFPB, realizada no Campus Picuí, quando duas equipes do Campus Cajazeiras participaram, sendo uma delas campeã da modalidade local e outra ficou em segundo lugar na modalidade internet, conquistando vaga para a Mercury. Foi justamente o destaque dessa equipe e seu robô Calango, que fez o interesse pela robótica aumentar. Esse ano Cajazeiras sediou a 2ª edição da disputa e o número de equipes locais participantes dobrou.
Hoje, o GPCar conta com professores de várias áreas como Engenharia Mecânica, Elétrica e da Computação, Ciências da Computação e Automação. De acordo com o professor Raphael Maciel, as iniciativas promovidas pelo IFPB são um grande incentivo para a pesquisa na área.
“As competições de robótica do Instituto foram um enorme estímulo para que mais gente se interessasse pela área e se juntasse a nós no grupo de pesquisa. Mas, nosso foco não é só participar dessas disputas, nós temos também a pesquisa aplicada, projetos de iniciação científica, artigos publicados e trabalhos apresentados em eventos como o I SIMPIF (Simpósio de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação do IFPB); X Connepi (Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação) e SNCT (Semana Nacional de Ciência e Tecnologia), além dos trabalhos de Conclusão de Curso”, afirmou.
Assim como em 2015, esse ano o Campus Cajazeiras também teve representantes na Mercury Robot Challenge. A Equipe Cajaíba, coordenada pelo professor Romualdo, que ficou em segundo lugar na II Competição de Robótica do IFPB na modalidade Internet, foi aos Estados Unidos para a disputa. No entanto, depois de participar de todos os testes com sucesso, eles acabaram não participando da prova devido a uma falha eletrônica no robô. Mesmo assim, o aluno Josielho Canuto, membro da equipe, afirmou que a experiência foi muito enriquecedora.
“Foi muito bom! Apesar de não ter participado das provas, nós acompanhamos tudo, conhecemos as tecnologias que estão sendo usadas lá fora. Só não conseguimos lugar no pódio, mas fomos muito bem representados pelos colegas do Campus João Pessoa, que conquistaram o primeiro lugar”.
O professor Romualdo Figueiredo destacou que os progressos alcançados pelo GPcar são muitos, mas ainda é preciso mais investimento na área. “Tivemos um crescimento exponencial neste um ano de pesquisas e muito trabalho no nosso grupo. Saímos literalmente do zero, só tínhamos o sonho e poucos materiais que Raphael comprou com dinheiro do próprio bolso. Hoje, ainda temos muito que evoluir, praticamente arcamos com todos os custos, mas já temos o interesse de professores e alunos de todas as áreas, os resultados já estão aparecendo e acreditamos que os recursos também virão”.
A esperança e empolgação são contagiantes entre os membros do grupo. A recém-chegada Manuely Suzik, do 2º período do curso de Automação, entrou como voluntária em um Projeto de Pesquisa e já sonha em ir longe na vida acadêmica. “Eu adoro tecnologia desde criança, adorava montar, desmontar e consertar as coisas. Eu me interesso muito por pesquisar na área da robótica e aqui no GPcar eu sei que terei um complemento de grande valor para minha formação”.
Novo Projeto
Se ao criar um Calango a garotada do GPcar já fez sucesso e foi pódio nos EUA, imagine aonde eles vão parar agora que estão trabalhando em um “bichinho” que voa. A nova aposta do grupo são os drones e já estão com um quadricóptero em fase avançada. De acordo com o professor Raphael, o drone tem um mercado muito promissor e pode ser usado em várias aplicações.
“Desde o entretenimento, ao transporte rápido, vistoria em locais de difícil acesso, mapeamento de áreas... esses drones podem ser usados em uma série de coisas e iremos trabalhar na pesquisa e no desenvolvimento deles”. Raphael destacou ainda que, infelizmente, tanto para esse projeto quanto para a construção de outros robôs, há ainda uma limitação principalmente na confecção de algumas peças. Ele espera que o grupo consiga adquirir uma impressora 3D para ampliar as possibilidades de criação do GPcar.
Lidiane Maria – Jornalista do Campus Cajazeiras