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Debate sobre homofobia no dia do estudante
O IFPB Campus Cajazeiras, enquanto espaço de formação e de reflexão crítica que é, promoveu nesta quinta-feira, dia do estudante, uma programação para homenagear e levar seus alunos refletirem. O destaque foram os debates a cerca da homofobia e do bullying no ambiente escolar. As discussões foram suscitadas pela peça “12 de junho: o amor é para tod@s”, apresentada pelo grupo de Teatro do Oprimido do Campus Cabedelo.
A peça conta a história de duas estudantes que mantém um relacionamento homo afetivo. No dia dos namorados, algumas colegas flagram as duas se beijando e têm uma relação preconceituosa. O diretor da escola entra em cena e chama a mãe de uma das garotas, a qual não aceita a relação e ameaça expulsar a filha de casa.
Os alunos da plateia foram então levados a debater sobre a situação, contar se já viveram situações parecidas e trocar de lugar com os personagens, dando para a peça o desfecho que consideram mais justo. Uma das participações foi da aluna Thalia Moreira Alves, do 1º ano do Curso Técnico Integrado em Edificações. Ela assumiu o papel da jovem lésbica, cuja mãe não aceitava o relacionamento, por ser cristã e dizer que aquilo “não era de Deus”. O final que a jovem escolheu para a peça teve a seguinte frase. “O Deus que eu conheço é amor! Ele não julga, nem condena as pessoas por escolherem alguém do mesmo sexo”.
O grupo fez três apresentações: a primeira para os alunos de 1º e 2º ano dos cursos técnicos integrados; a segunda para os 3º e 4º anos integrados e todas as turmas do superior, essas duas no turno da manhã; e a terceira à noite para os alunos dos cursos subsequentes, Proeja e de Licenciatura em Matemática.
No turno da tarde, o Grupo de TO de Cabedelo ministrou uma oficina Teatral para os alunos do Projeto de Extensão Reflexão Crítica em Cena, o qual está formando um grupo de Teatro do Oprimido no Campus Cajazeiras. Para o aluno Hirley Pinheiro, que estuda Engenharia Civil e é integrante do projeto, a oficina foi um momento de muito aprendizado.
“Tanto a oficina como as apresentações em si foram muito enriquecedoras e nos servem de bagagem e inspiração para começarmos a montagem da nossa primeira esquete e fazermos intervenções dentro e fora do Campus Cajazeiras”, contou Hirley.
Lidiane Maria – jornalista do IFPB/Campus Cajazeiras.