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RPG na escola

Projeto usa Jogo de Interpretação de Personagens como ferramenta multidisciplinar.
por publicado: 15/08/2017 09h06 última modificação: 15/08/2017 09h08

A maioria dos jovens de hoje conhece ou pelo menos já ouviu falar em RPG, uma modalidade de jogo que atrai cada vez mais adeptos seja nos tabuleiros ou no mundo virtual. A sigla, oriunda da expressão em inglês “Role Playing Game” (Jogo de Interpretação de Personagens), define um estilo de game em que as pessoas interpretam seus personagens, criando narrativas, histórias e um enredo guiado por uma delas, que geralmente leva o nome de mestre do jogo.

O professor Helltonn Winicius Patrício Maciel, do Campus Cajazeiras, resolveu usar o potencial do RPG como forma de estimular a criatividade, a capacidade estratégia e o trabalho em equipe dos estudantes. Desde o ano passado, ele coordena o projeto RPG na escola, que reúne 10 participantes, entre alunos de cursos superiores e técnicos, divididos em duas equipes. Para quem tem interesse em participar do projeto, há ainda quatro vagas, duas para cada equipe.

Toda quarta-feira à noite o grupo se reúne para uma sessão de jogo. Uma das equipes trabalha com um cenário Medieval e a outra com um enredo futurista baseado em Star Wars. Os jogadores criam personagens em classes estipuladas pelo tema do jogo e definem alguns atributos padrão para as virtudes dele, a exemplo de força, destreza e vitalidade, assim como lhes atribuem algumas fraquezas. As histórias trazem sempre aventuras com objetivos/missões que buscam levar os participantes a agirem com senso de justiça, bondade e perseverança.

De acordo com o professor Helltonn, o jogo tem uma aplicação educacional muito ampla.  “Os líderes de cada equipe são responsáveis por elaborar os desafios, juntamente com o coordenador. E esses desafios são multidisciplinares: enigmas a partir de textos literários, resolução de fórmulas, geralmente nos inspiramos em questões da OBMEP, por exemplo. Ao final de cada sessão de jogo, um dos jogadores fica incumbido de elaborar um conto sobre o que ocorreu, na percepção do seu personagem. Dessa forma, além de estimular a produção textual, o projeto tem a intenção de elaborar um livro de contos a partir do trabalho dos discentes participantes. Já temos 12 capítulos escritos”, contou.

Para Julierme Jadon de Oliveira, aluno do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas e líder de uma das esquipes, o projeto, estimula os envolvidos a ampliarem os seus horizontes em diversas áreas. “Tanto é possível melhorar a leitura, a escrita, o raciocínio lógico, quanto nos ajuda, a partir de lições aprendidas no jogo, a lidar com situações da vida real. Todo personagem tem limitações que precisam ser superadas, assim como nós precisamos lidar com as nossas”.

O grupo do projeto irá realizar um evento, no próximo dia 22 de agosto, para divulgar o RPG e atrair novos adeptos. A programação será aberta ao público e acontecerá nos três turnos, sendo dividida da seguinte forma: 9h às 12h - Mesas de Boards Games e Card Games; 14h às 17h - mesas de RPG; 18h às 19h30 - mesa redonda sobre “A importância do background na construção de personagens”.

 

Lidiane Maria – jornalista do IFPB/Campus Cajazeiras.

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