Mais do que comemorações dedicadas à mulher, o mês de março é símbolo da luta por dignidade e igualdade entre os gêneros. De acordo com dados históricos, a data surgiu quando cerca de 130 operárias morreram carbonizadas durante um incêndio numa fábrica têxtil nos Estados Unidos, em 1908. A partir de lá, mulheres de diversas cidades começaram a protestar contra as condições de trabalho precárias e os salários medíocres que recebiam inseridos no contexto da Revolução Industrial.

Mais de 100 anos depois, a igualdade de gênero no ambiente de trabalho ainda não foi alcançada e, de acordo com um estudo realizado pelo Fórum Econômico Mundial (FEM), no final de 2018, serão necessários cerca de 200 anos para que essa igualdade seja alcançada. O FEM utilizou dados de instituições como a Organização Internacional do Trabalho, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e a Organização Mundial da Saúde.

No IFPB Campus Cajazeiras a política conduzida pela diretora geral, Lucrécia Petrucci, em trabalho conjunto com o Reitor Nicácio Lopes, é para que não há haja diferenças por motivos de gênero. No ultimo dia 08, gestores e servidoras do Campus se reuniram para celebrar a data e compartilhar experiências que refletem o empoderamento da mulher no IFPB Campus Cajazeiras.  

A professora Eva Campos esteve presente e falou da importância de trabalhar num lugar onde possíveis distinções de gênero são cada vez mais extintas. “Temos mulheres em todos os espaços, a começar do cargo máximo ocupado por nossa diretora, Lucrécia. Assim como coordenações de curso, de setores. Eu me sinto muito realizada em poder trabalhar num ambiente de trabalho em que não pré-julgamento da capacidade feminina, aqui somos considerados exclusivamente por nossas competências de formação”, disse.

A empatia entre as mulheres do Campus tornou-se uma rede apoio que faz toda diferença na construção de um ambiente de trabalho saudável. “Temos mães, mulheres que saem de suas cidades para morar aqui, a grande maioria longe de suas famílias, e temos o cuidado de acolher essas mulheres”, ressaltou a professora.

Como em todo cargo de liderança, a diretora enfrenta desafios diários. Mas é a sua visão feminina que faz o diferencial na gestão que tem como pilar a humanização das relações de trabalho. “É uma preocupação minha, acolher a todos, contribuir para que tenhamos um ambiente de trabalho saudável, onde não haja distinção por gênero. Nosso trabalho está completamente alinhado com a postura do nosso Reitor que nos deu a honra de celebrar conosco o dia da mulher, assim como com a dos nossos diretores de ensino e de administração”, ressaltou Lucrécia.