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IFPB Campus Cajazeiras teve dia de luta a favor da educação

Mostra de atividades e audiência pública marcaram mobilização
por publicado: 06/06/2019 12h10 última modificação: 12/06/2019 12h15

Alunos e professores dos campi do IFPB e UFCG de Cajazeiras realizaram uma mostra de cursos e projetos de pesquisa e extensão na manhã desta quarta-feira, dia 05, na Praça das Oiticicas. A atividade teve apoio da Câmara dos Vereadores e contou com a participação de alunos das escolas públicas e particulares de Cajazeiras, bem como de toda comunidade local. Uma aula pública que teve o objetivo de apresentar à sociedade a produção científica, tecnológica e cultural do IFPB Cajazeiras.

As duas instituições instalaram stands e expuseram os trabalhos que desenvolvem nas áreas de: robótica, matemática, engenharia civil, enfermagem, medicina, biologia, história, letras, cultura e etc. A atividade aproximou a sociedade local da produção científica feita por professores e alunos das instituições federais.

A professora doutora Eva Campos viu o momento com primor “é extremamente satisfatório ver essas crianças se deslumbrando com nossas produções, acredito que esse evento entrará para o nosso calendário anual de atividades”, disse.

Audiência Pública com os reitores

No turno da tarde o debate sobre a importância da Educação sem Cortes continuou na Câmara dos Vereadores. A audiência pública proposta pelo vereador Rivelino Martins Ferreira tratou do tema com a participação de professores, representantes dos movimentos estudantis, dirigentes, da comunidade local e dos reitores do IFPB e da UFCG.

O professor Nicácio Lopes – reitor do IFPB – traçou o perfil orçamentário da instituição que gira em torno de meio bilhão de reais e esclareceu que, caso o corte orçamentário do governo federal aconteça, a perda seria superior à R$ 27 milhões. No caso específico do Campus Cajazeiras que tem orçamento de seis milhões de reais, o déficit gerado pelo corte seria superior a um milhão.

O reitor que esteve nas ruas e em mobilizações nacionais contra o corte na educação disse que, sob o intermédio do parlamento paraibano, se reuniu com o ministro da educação Abraham Weintraub, “fui munido de cordialidade e espírito público. Como representante da nossa instituição é meu dever tentar reverter essa situação e mostrar o tamanho do patrimônio educacional que precisamos manter aqui no nosso estado, com todo padrão de qualidade que prezamos”, disse.

Nicácio esclareceu também que, caso o corte aconteça, o IFPB só tem como sobreviver até o mês de setembro, “é o que constatamos após um estudo técnico realizado pela pró-reitoria de administração e finanças do instituto”. No entanto, o reitor acredita que “graças a muita luta, a integralidade do orçamento do IFPB será mantida”.

Na seção, ele reiterou a importância da educação para os alunos do instituto federal, em sua maioria, jovens com renda familiar igual a um salário mínimo. “É a educação o patrimônio mais rico de um povo pobre e oprimido, esses jovens representam o futuro do nosso país. E nossa missão é transformar vidas, certo dia fui visitar o canteiro de obras do campus Santa Rita e fui recepcionado por uma jovem de vinte e poucos anos que estava fiscalizando a obra. E muito sorridente ela me relatou que foi aluna do nosso instituto. Uma jovem filha de pai servente de obras e mãe empregada doméstica. Uma jovem engenheira civil que, emocionada me disse estar ali retribuindo um pouco do muito que recebeu do nosso instituto”, disse o reitor.

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