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Combate ao suicídio foi tema de palestra no Campus Cajazeiras

Atividade aconteceu em alusão ao setembro amarelo
por publicado: 01/10/2019 12h00 última modificação: 01/10/2019 12h00

Em todo o mundo, várias organizações se mobilizam na luta contra o suicídio. De acordo com a  CVV (Centro de Valorização da Vida), a cada 45 minutos uma pessoa tira a própria vida no Brasil. A associação civil sem fins lucrativos presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato. Os contatos com o CVV são feitos pelos telefones 188 (24 horas e sem custo de ligação), pessoalmente (nos 110 postos de atendimento) ou pelo site www.cvv.org.br (por chat e e-mail).


Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza nacionalmente o Setembro Amarelo. O combate ao suicídio foi tema trabalhado neste mês no IFPB Campus Cajazeiras, com ações de professores em sala de aula integrando os alunos nas produções de cartazes e um ciclo de palestras promovidas pelo NASMO (Núcleo de Apoio às atividades Médico e Odontológicas).


Na noite desta segunda-feira, 30 de setembro, e na manhã da terça-feira, 01 de outubro, mais de 340 alunos assistiram a palestra “Viver Vale a Pena” ministrada por Homero Jorge de Matos Carvalho, professor do Campus João Pessoa. Nas duas ocasiões ele fez ações integrativas entre os participantes, como os abraços e a escuta acolhedora entre os alunos. O palestrante explanou sobre o tema com a apresentação de dados e mecanismos para que os participantes possam identificar quem precisa buscar ajuda especializada ou como ajudar o outro nesse processo. Ele alertou os jovens sobre os perigos para a saúde mental do uso excessivo de jogos eletrônicos e redes sociais e salientou os perigos do abuso de álcool e drogas, denominados como mecanismos de fuga da realidade.

Homero faz parte de um projeto de extensão do IFPB que se apresenta nos campi do Instituto e de outras escolas com o objetivo de sensibilizar as pessoas sobre a prevenção ao suicídio. “A iniciativa surgiu a partir de uma preocupação dos nossos servidores sensibilizados com a causa e como eu já participava da caravana Viver Vale a Pena que é na verdade iniciativa de um grupo espírita do qual faço parte, a proposta foi acolhida pela comunidade do IFPB”, disse.
Para Kléber de Carvalho, coordenador do NASMO, “a palestra foi conduzida de forma didática e trouxe informações relevantes de forma pormenorizada e exemplificada sobre a temática do Setembro Amarelo. Com certeza agregou valiosos conhecimentos aos participantes que os levarão para ajudar quem esteja precisando desta palavra ou deste abraço amigo”, disse.


Prevenção do suicídio: sinais de alerta para saber agir e prevenir
Os sinais de alerta descritos abaixo não devem ser considerados isoladamente. Não há uma “receita” para detectar seguramente quando uma pessoa está vivenciando uma crise suicida, nem se tem algum tipo de tendência suicida. Entretanto, um indivíduo em sofrimento pode dar certos sinais, que devem chamar a atenção de seus familiares e amigos próximos, sobretudo se muitos desses sinais se manifestam ao mesmo tempo.

O aparecimento ou agravamento de problemas de conduta ou de manifestações verbais durante pelo menos duas semanas.

Essas manifestações não devem ser interpretadas como ameaças nem como chantagens emocionais, mas sim como avisos de alerta para um risco real.

Preocupação com sua própria morte ou falta de esperança.

As pessoas sob risco de suicídio costumam falar sobre morte e suicídio mais do que o comum, confessam se sentir sem esperanças, culpadas, com falta de autoestima e têm visão negativa de sua vida e futuro. Essas ideias podem estar expressas de forma escrita, verbal ou por meio de desenhos.

Expressão de ideias ou de intenções suicidas.

Fiquem atentos para os comentários abaixo. Pode parecer óbvio, mas muitas vezes são ignorados:
"Vou desaparecer.”
“Vou deixar vocês em paz.”
“Eu queria poder dormir e nunca mais acordar.”
“É inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar.”

*Por Clara Marinho – Jornalista do Campus Cajazeiras

*Com informações da CVV e do Ministério da Saúde

 

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