Ao longo dos últimos anos as mulheres têm feito uma verdadeira revolução no que tange ao acesso à educação. Dados do Censo da Educação Superior de 2016, última edição do levantamento, revelam que as mulheres representam 57,2% dos estudantes matriculados em cursos de graduação.

Mesmo com o acesso crescente às universidades, o sexo feminino ainda é minoria nos cursos de exatas, principalmente quando se trata da permanência. De acordo com a Sociedade Brasileira de Computação (SBC), apenas 15% dos alunos matriculados em cursos de Ciência da Computação e Engenharia são mulheres. Um estudo da Unesco revelou que apenas 28% dos pesquisadores de todo o mundo são do sexo feminino. A revista de ensino superior aponta diversos motivos para que as mulheres não busquem a área de exatas na mesma proporção que os homens: desigualdade de gênero, educação sexista, estereótipos de gênero no ambiente escolar, entre outros.

Nesta quinta-feira, dia 12, a temática será discutida por cinco professoras das exatas na mesa redonda “Matemática e Ciências Exatas: Uma questão de gênero?" no auditório do IFPB Campus Cajazeiras a partir das 19h. A coordenadora do curso de Licenciatura em Matemática Kíssia Carvalho diz que “a mesa tem como objetivo juntar o IFPB a uma tendência mundial que é discussão sobre mulheres na matemática, ciências exatas e tecnologia. A ideia é discutir o porquê de a representação feminina ser ainda tão pequena nessas áreas, apresentar dados, mas principalmente despertar o sentimento de pertencimento nas alunas do IFPB”.

Kíssia ressalta ainda que “essa é a primeira atividade de um ciclo de ações que busca esclarecer dúvidas, apresentar oportunidades e incentivar a permanência e aderência de mulheres a matemática, ciências exatas e tecnologia”.

Componentes da Banca:

Dra. Eva Campus - IFPB
Esp. Lilia Gonçalves IFPB/UEPB
Dra. Taciana Araújo – IFPB
Dra. Yane Lisley Ramos Araújo – UFRPE
Mediadora: Kissia Carvalho

*Por Clara Marinho