O Dia da Consciência Negra foi celebrado, neste ano, no último domingo (20). No IFPB Campina, a data foi contemplada com uma importante discussão sobre racismo estrutural na sociedade, momento que contou com a participação de estudantes do campus. A ação foi desenvolvida durante dois dias, dentro da programação da Semana de Ciência, Tecnologia e Inovação.

A professora de Sociologia, Lívia Maria Ferreira da Silva, foi quem organizou e mediou a atividade. Ela contou com a ajuda de estudantes dos cursos técnicos integrados de Química e Mineração. Segundo Lívia, a proposta foi apresentar aos jovens personalidades importantes do Brasil não tão conhecidas por causa do racismo. "Fizemos uma atividade que tinha como temática trazer à visibilidade pessoas da ciência, tecnologia e política brasileiras invisibilizadas ou esquecidas ao longo do tempo", disse.

O roteiro da ação era fazer uma apresentação dessas figuras, exibir um vídeo aos grupos participantes e, por fim, realizar uma roda de conversa para que os estudantes pudessem trazer à tona as situações em que o racismo estrutural aparece com frequência. Durante os dois dias, cerca de 120 jovens participaram das quatro sessões da atividade intitulada "Ciência e Tecnologia brasileira e a construção anti-racista".

Os estudantes foram convidados à interação para refletirem sobre a necessidade de uma postura e de práticas anti-racistas em todas as relações sociais e em todo o tempo. "Nós desenvolvemos esse racismo, muitas vezes, e não percebemos. O racismo ainda é forte na sociedade brasileira e isso precisa ser combatido", lembrou Lívia.

No Brasil, o Dia da Consciência Negra lembra a morte de Zumbi dos Palmares, figura histórica importante e símbolo de resistência. O fato aconteceu no fim do século XVII, num quilombo situado entre os estados e Alagoas e Pernambuco. O 20 de novembro também marca o Dia Nacional de Zumbi.

Assessoria de Comunicação do IFPB/Campina Grande