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Ensino a distância e tecnologias na educação são destaques de palestras
“Educação a distância: possibilidades para a democratização do ensino”. Esse foi o tema da primeira palestra no II Encontro de Educação a Distância (EEAD), ministrada pela professora doutora Mônica Maria Pereira da Silva (IFPB). A professora destacou a importância da modalidade de ensino na educação brasileira que exige inovação em abordagens pedagógicas e os processos de infraestrutura.
Em relação aos desafios, Mônica Maria, citou que vão desde as dificuldades de acesso do aluno na plataforma devido a internet, como a preparação de uma vídeoaula, a formação dos profissionais e a evasão escolar. Acrescentando também que “muitas vezes o aluno vem do presencial acreditando que o ensino a distância é o caminho mais fácil para o aprendizado, mas a modalidade exige disciplina e gerenciamento de tempo”.
Ao comentar a expansão do ensino na Paraíba, Mônica Maria, citou como exemplo o curso de Licenciatura em Letras do IFPB, que tem atualmente 776 estudantes matriculados. “O polo do IFPB em João Pessoa, cidade do campus da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e que oferece o curso de Letras presencial, é o polo com o maior número de inscritos na licenciatura a distância’’, revelou”. A EaD cresce mesmo onde tem concorrência.
Em seguida, o professor Klaus Schlünzen Junior (UNESP), abordou a “Educação híbrida na perspectiva inclusiva e os processos de sua institucionalização”. O foco foi dialogar sobre as possibilidades que as tecnologias digitais oferecem para promover o processo de inclusão na educação. “Ao falar de tecnologias os docentes não devem fazer referência apenas ao laboratório de informática. O celular é um aparelho que revoluciona o ambiente de aprendizagem e por isso é preciso fazer com que os alunos aprendam a usar o WhatsApp e o Google”, destacou.
De acordo com Klaus Schlünzen estamos em uma época histórica de transformações e desafios na educação, sendo necessário mudar as práticas docentes para metodologias ativas e formação de alunos protagonistas dos seus conhecimentos. “É preciso melhorar a prática docente combinando competências e inovações pedagógicas, planejando e organizando os ambientes de aprendizagem para buscar uma escola inclusiva, levando em consideração a cultura digital”, citou. Ele acrescentou que a Unesp é uma das primeiras universidades do País a investir no ensino EaD e o curso de pedagogia, por exemplo, tem uma concorrência bem mais alta que o presencial.
A aluna do curso de Letras a distância do IFPB no campus de Campina Grande, Rute Drebes, participou das palestras e considerou a oportunidade importante para conhecer a realidade da EaD, principalmente em relação a prática docente que tem como aliada a tecnologia. “É um momento de buscar conhecimentos e perceber qual o papel do professor e aluno (futuro professor) como agentes transformadores no contexto educacional”, concluiu.
As palestras foram realizadas na tarde desta terça-feira (23), no Centro de Convenções. O evento é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Ensino por meio da Diretoria de Educação a Distância do IFPB e integra a programação da 41ª Reunião dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec).
*Claudeci Ribeiro - colaboradora