O Instituto Federal da Paraíba (IFPB) – Campus Guarabira inscreve a partir da próxima segunda-feira (1°) até a quarta (3) para o curso gratuito de Libras Básico, ministrado pela pedagoga e intérprete Francy Pontes. São 25 vagas destinadas à comunidade acadêmica (servidores e alunos) e outras cinco para o público externo. O curso, que começa no dia 8 de agosto e está previsto para encerrar em dezembro, terá aulas todas as segundas, das 15h30 às 17h30. Para acessar o edital, clique aqui.

            Para se inscrever, o interessado deve comparecer à Coordenação de Pesquisa e Extensão do campus com as cópias do documento de identidade e CPF, mais a declaração de que está matriculado no instituto, caso seja aluno regular. Para ter direito ao certificado de conclusão, é preciso comparecer a um mínimo de 75% das aulas.

             “O objetivo do projeto é introduzir o alunado no universo da comunicação dos surdos, favorecer a interação e, assim, facilitar a inclusão. Para um ouvinte, não saber Libras é como estar num país estrangeiro sem dominar a língua – o mesmo vale para um surdo que não domina o português”, compara Francy. Ela começou a se interessar pela língua de sinais ao conhecer um dos que seriam os seus futuros alunos, Vamberto Júnior, hoje no 2° ano técnico integrado de Informática. “Éramos vizinhos e via o seu isolamento. A partir do aprendizado dos primeiros sinais, fui atrás de capacitações na Fundação de Apoio ao Deficiente (Funad), em João Pessoa, e trilhei profissionalmente pela pedagogia. Ser intérprete é um encantamento e uma realização pessoal”, reflete.

“Para nós, surdos, fazer com que ouvintes dominem a nossa língua é um atalho para desviar dos problemas mais comuns do dia a dia, como ser atendido num comércio, andar de transporte público e até prestar um concurso”, enumera Renato Kleber, do 3° ano de Informática. “Num mundo projetado para o constante estímulo visual e sonoro, as pessoas têm que aprender a conhecer a Libras para aceitar que existem outros tipos de comunicação e ir quebrando o preconceito aos poucos”, recomenda ela.