O Campus Guarabira do Instituto Federal da Paraíba segue a tradição das aprovações no Sistema de Seleção Unificada (SiSU), do Ministério da Educação (MEC).  Desta vez, o destaque vai para Daniel Medeiros, egresso da turma pioneira do curso técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio, aprovado em Odontologia na Universidade de São Paulo, na FORP, na modalidade escola pública.

A universidade, considerada uma das melhores do país e do mundo, no QS World University Rankings by Subject, divulgado no ano passado, a título de exemplo, a instituição ficou entre as melhores universidades do mundo em 42 das 46 áreas de concentração avaliadas – e, em nove áreas, ficou entre as 50 melhores do mundo, inclusive, em Odontologia (18ª posição). O vestibular de 2016 foi o primeiro em que a USP aderiu ao sistema, realizando, pela primeira vez em 40 anos, uma mudança na forma de ingresso em seus cursos de graduação, que até então era feita apenas pela prova da FUVEST.

Em 2017, Daniel já havia sido aprovado para o curso de Direito da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) — onde, cursa atualmente —, bem como Administração e Direito na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Neste ano, além da aprovação na USP, ele também assegurou vaga em Odontologia na UFPB. “Com essa frase extraída da ‘magnus opus’ deste italiano, só quero agradecer! A Deus, a Virgem da Luz, minha família, meus professores... Enfim, a todos que contribuíram (in)diretamente para que isso fosse concretizado!”, comemorou em post nas redes sociais iniciado com frase de Dante Alighieri, após a primeira aprovação do ano.

Ele explica que, até o primeiro dia de inscrições no Sisu, ainda estava sem saber o que fazer com a nota, já que foi realizar as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) apenas por experiência. Logo, após ter noção da sua média final optou por Odontologia nas duas instituições que foi aprovado.

Depois da aprovação na USP, publicou: “Esse resultado é a prova cabal que o ensino público, gratuito e de qualidade ainda pode funcionar nesse país, mesmo diante das vicissitudes dos tempos, desde que haja comprometimento efetivo entre as partes envolvidas e que o pilar de sustentação do desenvolvimento desta nação — a educação — jamais seja cambiado por outro(s) de menor valia.”

No total, foram 24 vagas destinadas ao Sisu, todas para estudantes quem se formaram na rede pública. Porém, além desse requisito, a faculdade ainda determinou uma segunda exigência para que os estudantes que fizeram o Enem pudessem disputar as vagas oferecidas no curso pelo Sisu: nota mínima de 450 pontos, em todas as provas objetivas do exame, além de, no mínimo, nota 450 na redação.