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Saudades das aulas e dos amigos marcam início de atividades não presenciais
“Eu me surpreendi com as aulas remotas, pois o professor foi muito compreensivo com todos nós e nos deu muito suporte”. Essa foi a avaliação da aluna Larissa Fernanda de Araújo, do Curso Técnico de Contabilidade do Campus Guarabira, em sua primeira experiência com o ensino remoto.
Larissa não foi a única estudante do ensino técnico a vivenciar na última segunda (31) essa nova realidade posta pela pandemia, outros milhares de estudantes dos campi Campina Grande, Cabedelo, Cabedelo Centro, Itabaiana, Mangabeira, Esperança, Patos e Soledade também iniciaram suas aulas de forma não presencial.
Esse recomeço foi desafiador para todos do IFPB: gestores, professores, técnico- administrativos e estudantes. Foi um período de muitos desafios, mas também de aprendizado mútuo. Em quase seis meses de debates, reuniões e de muitas horas debruçadas para encontrar a melhor maneira de reiniciar esse novo momento e manter a qualidade do ensino ofertado pelo IFPB. “Esse processo todo teve uma preocupação de não deixar ninguém para trás, então foi um debate amplo com toda a instituição”, comenta o Diretor de Educação Profissional do IFPB, Degmar do Anjos.
As etapas que antecederam o tão aguardado momento pelos alunos de rever amigos e professores, mesmo que por meio de uma tela, foram a de diagnóstico e planejamento das ações a serem implementadas e de ambientação dos docentes e discentes às plataformas de ensino virtual. Um dos fatores importantes da fase de diagnóstico, e talvez o mais imprescindível para que o IFPB iniciasse o ensino remoto, foi o de garantir auxílio digital para que todo aluno, seja ele de zona rural ou urbana, estivesse conectado.
Aluna do Curso Técnico em Informática do campus Campina Grande, Catarina Ramalho conta que teve aulas assíncronas e um chat com os amigos da turma e que a aula online foi bastante proveitosa. “Deu pra matar um pouco a saudade. Foi muito boa a explicação de como será nossa avaliação, as atividades e projetos”.
Para o diretor de ensino do campus Guarabira, Erivan Lopes Tomé Junior, o momento ainda é de adaptação e que se eventuais problemas surgirem, logo serão resolvidos. “Acreditamos que até o fim da primeira semana, alunos e professores já estejam dominando essa nova forma de ensinar e aprender no IFPB. Ficamos felizes com o engajamento de todos para que chegasse esse dia”, afirma o diretor.
A segunda maior unidade de ensino do IFPB, o campus Campina Grande com cerca de 2,5 mil estudantes também teve uma avaliação positiva do primeiro dia de aula não presencial por parte da diretora de ensino, Ana Cristina. “A equipe do campus realizou neste período que antecedeu o início das atividades pedagógicas, lives explicativas, elaboração de manual em parceria com o Campus Itaporanga com instruções sobre as plataformas de ensino entre outras ferramentas”, explica Ana.
Não só os alunos estavam na expetativa da volta às aulas. Neste longo espaço de tempo longe das salas e dos alunos, o desejo em transmitir conhecimento, da troca de experiências e de interagir também foi sentido por professores, a exemplo de Glayds Veiga, professor de História do Campus Campina Grande. “Vivenciei um momento síncrono com os alunos e o quanto foi importante saber que eles estavam ali, todos assistiram a aula. Prender os alunos na frente da tela por tanto tempo é gratificante e ao mesmo tempo nos leva a refletir o quanto o aluno auxilia o professor a desenvolver a sua prática educativa. Ao término da aula, fiquei feliz, com o resultado, com a receptividade, agradecido pela compreensão dos alunos”, analisa o professor.
A modalidade de ensino superior também iniciou suas atividades nos campi que o ofertam. Agora, já são 19 unidades com aulas não presenciais. Na próxima sexta-feira, 04 de setembro, a oferta chega ao Campus Princesa Isabel e, finalizando no dia 08, com o campus João Pessoa, totalizando os 21 Campi.
* Ernani Baracho – Jornalista do IFPB