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Campus discute a diversidade étnico-racial
De acordo com a Coordenação de Ações Inclusivas, entre os dias 17 e 24 de novembro, os docentes do campus Itaporanga trabalharam a Campanha da diversidade relacionada ao tema da Diversidade Étnico-racial. Discussões foram realizadas sobre o tema em sala de aula nas disciplinas de Filosofia, História, Arte e Educação Física.
A professora Eliude Ferreira Lima, de Filosofia, exibiu o filme “Mãos talentosas” para os alunos do primeiro ano do curso técnico integrado em Edificações. A discussão se deu a partir da percepção dos alunos de acordo com as cenas que mostravam o preconceito racial. Já nas turmas de segundo ano, foi refletido sobre pessoas diferentes serem motivos de preconceito e os alunos discutiram sobre as relações de preconceito entre as pessoas que não se encaixam nos “padrões sociais”.
Na aula de Educação Física, a professora Jéssica Mota, trabalhou a influência da cultura negra nas danças brasileiras com debate em sala de aula junto aos alunos do segundo ano do curso técnico em Edificações.
Já na aula de História, o professor Maxsuel Alves, discutiu as politicas de branqueamento da população no pós abolição, que incentivavam a imigração europeia, bem como pressupunha que através da miscigenação com estes migrantes o Brasil se tornaria um país de brancos. Além disso, discutiu-se como nas quatro primeiras décadas do século XX passou-se a criar estratégias de branqueamento, como a dissimulação de características negras como a cor da pele, a textura do cabelo ou mesmo a prática de religiões de matriz afro brasileira, por exemplo, como meio de adquirir maior status social, uma vez que a negritude era entendida como um valor negativo.
Na aula de Arte, a professora Ana Cristina de Lucena, pontou junto aos alunos do primeiro ano, piadas, frases e atitudes racialmente discriminatórias que, diariamente, ouvimos, dizemos e pensamos com frequência. Após discussões e reflexões com os discentes utilizando a frase “Onde você guarda o seu preconceito?”, foi realizada uma performance com a turma na qual os alunos escreveram num papel as frases e piadas discriminatórias discutidas em sala. Colocaram o papel sobre o corpo, pintaram o rosto de preto e branco e caminharam por todo o espaço interno a fim de trazer a reflexão para os expectadores que estavam circulando no instituto. Enquanto que a outra parte da turma, mais especificamente as alunas, caracterizou a cabeça com um turbante afro e entrou nas outras turmas a fim de trazer a reflexão sobre a conscientização da importância do negro e sua cultura na formação do povo brasileiro e da cultura no país.
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Texto: Ana Cristina