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Projeto "Contrastes entre Luzes e Sombras" se apresenta no Campus Patos do IFPB
Em meio aos preparativos para a conclusão das atividades do Projeto de extensão contrastes entre Luzes e Sombras, o grupo já foi convidado para continuar suas atividades apresentando-se na VI Semana Cultural do Campus Patos”, que ocorreu no período de 11 a 15 de junho. O grupo não perdeu a oportunidade de apresentar seu trabalho para um novo público e na última quarta feria, dia 13 de junho, apresentou seus experimentos com luz e sombras.
A experiência foi radicalmente nova, como afirma Alisson Lucas Rodrigues, ator do Grupo: “foi algo muito inesperado, pois estávamos na reta final do projeto e mesmo assim conseguimos nos planejar e fazer valer a pena, levando uma ótima impressão do campus Itaporanga ao campus de Patos.” Em meio a quadros, canções, danças e esculturas, vários grupos artísticos que apresentavam os resultados de suas pesquisas ao longo de toda a semana no Campus Patos que acolheu o grupo com generosidade e expectativa. Fatos que aumentaram ainda mais o desejo do grupo de mostrarem o melhor de si mesmos.
Foi de fato uma prova de fogo para os estudantes pois tratava-se de um espaço e um público desconhecido para os atores, que viveram o desafio de conquistar os participantes da semana cultural patoense, uma experiência ímpar como afirma a estudante Khadija Sales “Cada esforço nos ensaios dados pelos professores (Ana Cristina e Maxsuel orientadores do projeto) não foram em vão e valeram muito a pena, porque não se trata só de manipular sombras, é sentir o personagem, ser ele de verdade, lidar com as pessoas que vão assistir, se manter concentrado, lidar com as emoções que estão a flor da pele e ainda sim manter a calma para apresentar... Só posso dizer que foi maravilhoso, uma experiência incrível e gratificante ao só tenho a agradecer por cada momento que o projeto me proporcionou e é uma pena que tenha chegado ao fim.”
A experiência também foi transformadora para a estudante e atriz do grupo Valéria Araújo: “A experiência de estar nesse projeto foi renovadora, no início não me senti tão motivada e nem acho que dei meu melhor, mas quando vi nossas apresentações começarem a tomar forma foi um sentimento sem igual, e a partir daí só aumentou a vontade de ajudar e aperfeiçoar, e então apresentamos pela primeira vez e foi um sucesso e o orgulho não cabia em mim, e seguimos aperfeiçoando e hoje posso dizer que dei o meu melhor e ganhei uma família.”
Esta “Família” foi se formando ao longo processo, como nos conta a Professora de Filosofia e colaboradora do Projeto Eliúde Ferreira Lima: " Tinha acompanhado alguns momentos dos ensaios desse projeto anteriormente, mas fiquei surpreendida com o resultado do processo artístico do grupo. A projeção dos objetos, assim como as figuras humanas é um espetáculo de grande emoção. Uma técnica relativamente simples, mas que traz, aguça e promove a reflexão entre o fantástico e o real. Fico feliz por ter tido a oportunidade de colaborar, ainda que minimamente, para esse espetáculo acontecer. Foram mágicas todas as vivências e “perrengues”. Parabéns a todos esses talentos envolvidos. “A arte em si tem esse poder Catártico”. Quero mais!"
Realizado com a apresentação em Patos, o grupo voltou para casa realizado, com a sensação de dever cumprido. Dever este que não acabou com a apresentação em Patos, pois como comentou o professor Maxsuel Alves: “o gesto que transforma a passagem de um objeto qualquer diante da luz em Arte é algo toca o que há de sublime na condição humana. Somos nós que enxergamos nisto a possiblidade da beleza, da emoção, do encantamento... inventar cenas com nossos jovens atores que sejam capazes de tocar neste instante de beleza é algo que precisa ser compartilhado e que não deve parar, especialmente quando trabalhamos em uma região tão pobre do ponto de vista do acesso a bens culturais como é o caso do Vale do Piancó, pois diante da sombra, seja atrás ou diante do pano, pactuamos uma sensibilidade em comum, independentemente de qualquer classificação, seja ela etária, de cor, de classe, de credo ou de condição social..., tocamos naquilo que nos lembra que permanecemos humanos, apesar de tudo.”
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Por Maxsuel Alves
Imagens: Ismael Ferreira