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"Ser professor é aprender com os alunos, pois eles têm muito a ensinar”

As palavras são de Alfredo Gomes Neto, professor da Instituição há 27 anos
por publicado: 15/10/2016 10h26 última modificação: 15/10/2016 13h35

O professor tem um papel relevante na sociedade, pois dedica toda sua formação acadêmica para ser uma espécie de mediador de conhecimento e contribuir não somente com o processo de aprendizagem do aluno, mas também para o seu desenvolvimento enquanto cidadão. No campus João Pessoa existem vários exemplos de docentes que são verdadeiros mestres no saber da vida. Um deles é o professor Alfredo Gomes Neto.

Professor Alfredo ou somente Alfredo, como prefere ser chamado, entrou para o quadro de servidores da Instituição em 1989, mas seu vínculo é bem mais antigo. Ele foi aluno do curso técnico em Eletrotécnica, oferecido pela  Escola Técnica Federal da Paraíba. Fez Graduação e Mestrado em Engenharia Elétrica, na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e tem Doutorado ainda nessa área, realizado parte na UFCG e parte na Universidade de ENSHEEIT, na França, mesma instituição onde realizou o Pós-Doutorado.

O interesse pela docência nasceu bem cedo, ainda quando cursava o ensino fundamental e passou a ajudar os colegas que tinham dificuldade nas aulas de matemática. Na universidade, foi monitor de diversas disciplinas e, a partir daí, começou a trilhar seu caminho de dedicação ao ensino e à pesquisa. Entre as suas principais contribuições, Alfredo é o fundador do Grupo de Telecomunicações e Eletromagnetismo Aplicado (GTEMA), na Universidade de ENSHEEIT e do Pet- Engenharia Elétrica do Campus João Pessoa. É membro da Sociedade Brasileira de Micro-ondas e Optoeletrônica (SBMO) e professor coorientador de Doutorado no Instituto Superior Técnico em Lisboa, Portugal.

Alfredo conta que ser docente hoje em dia exige mais do profissional do que na época quando iniciou sua profissão. Com a informação acessível a todos, é preciso que o professor esteja sempre atualizado, em sintonia com os alunos e com as tecnologias que eles utilizam. Para ele, o aluno de hoje tem maneiras de pensar e agir bem diferentes dos estudantes de antigamente, cabendo ao professor a tarefa de aproveitar suas habilidades, compartilhar experiências e também absorver conhecimento. “Ser professor é aprender com os alunos, porque eles têm muito a ensinar. Os alunos, apesar de não perceberem, contribuem muito para a nossa formação, mesmo depois de 10, 20 ou 30 anos de sala de aula”.

Emocionado, Alfredo conta que nunca se imaginou exercendo outra profissão e acrescenta que é preciso educar não só para que o aluno seja aprovado numa disciplina ou em um curso superior, é preciso ensinar para a vida. “Educar é um processo contínuo, e o mais gratificante em ser professor é ver a evolução do aluno, ver como cada um começa e como conclui aquela etapa de formação, além de ver a evolução do professor, que também cresce com o aluno”.

Conhecido pela sua simplicidade, dedicação e competência, Alfredo é fonte de inspiração para muitos alunos e ex-alunos, que seguiram a carreira docente ou se encantaram pela pesquisa através dos seus incentivos. Foi com a orientação dele, que a ex-aluna e professora da Universidade Estadual da Paraíba, Jannayna Domingues, publicou o seu primeiro artigo e despertou para a pesquisa. Graças ao estímulo do professor, ela concluiu a graduação em Telecomunicações no campus João Pessoa, em 2008, ingressou no Mestrado e, logo após, no Doutorado, ambos na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. “Ouso afirmar que sou discípula de Alfredo, pois ele é meu referencial nas aulas e nas pesquisas. Sem dúvida, ele é o “culpado” por hoje eu estar na docência e exercer essa profissão que requer tanta dedicação”.

Deisy Mamedes, que concluiu a graduação em Engenharia Elétrica no início deste ano, também dedica ao professor Alfredo a sua carreira de pesquisadora. Mestranda em Engenharia Elétrica no IFPB, Deisy coleciona diversos prêmios nacionais e internacionais relacionados às pesquisas nas áreas de Telecomunicações e Eletrotécnica; um estágio no Canadá e a aprovação no mestrado em Engenharia Elétrica no Instituto Militar de Engenharia (IME). “Já disse diversas vezes a Alfredo, que um dia gostaria de ser como ele, excelente profissional e pessoa de um caráter sem igual, sempre disposto a ajudar”.

Para Andrécia Pereira, recém-concluinte do Mestrado em Engenharia Elétrica do IFPB e orientanda do professor, Alfredo foi fundamental na sua conquista, pois teve muita dificuldade na aprendizagem durante o mestrado, pelo fato de possuir formação em outra área. “Ele me ajudou bastante porque venho do curso de Automação Industrial, do campus Cajazeiras, então, nem todos os conteúdos que vi no mestrado eu tinha visto na graduação”. Tanta dedicação rendeu ao professor Alfredo o título de pai, de acordo com Andrécia. “Os seus orientandos sempre chamam Alfredo de pai, tanto como pessoa, amigo e professor, ele é alguém para contar em todas as horas”.

 

Comunicação Social do Campus João Pessoa

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