Na palestra "Compreendendo as diversidades Etnicorraciais: o genocídio do negro brasileiro", o professor Alexandre Santos apresentou alguns dados do IBGE que retratam a desigualdade racial no Brasil. Uma das informações compartilhadas foi o fato de, apesar de serem mais de 50% da população brasileira junto com os pardos, os negros  têm menor representatividade nos espaços públicos de maior prestígio.

Um exemplo são os cursos superiores. Embora a entrada de pessoas negras no Ensino Superior do Brasil tenha aumentado significativamente entre 2005 e 2015 (mais que dobrou no período), devido, em grande parte, à implantação da política de cotas, ainda são minoria nos cursos superiores. Ocorre o mesmo no âmbito da política e do Poder Judiciário. Apenas 30% dos políticos do Senado são negros e na Câmara Federal, o percentual cai para 20%. No Poder Judiciário, apenas 15,4% dos juízes pertencem à etnia.

De acordo com Alexandre Santos, a situação se repete no campo simbólico, com relação aos padrões de beleza e à representatividade de personagens negros em filmes, novelas e publicidade em geral, que é de apenas 5%. "A busca pela democracia social e política passa pela compreensão das diversidades etnicorraciais. É preciso dar visibilidade às trajetórias de vida, à estética, à cultura e à política das diferentes etnias. As vozes, perspectivas e visões devem ser respeitadas. Tudo isso passa pela educação para diversidade e igualdade", ressaltou.

Já na roda de conversa sobre Saúde Sexual e Reprodutiva, a enfermeira do Núcleo de Prevenção em Educação e Saúde (Nupes) Eva Nascimento falou sobre puberdade, adolescência, gravidez na adolescência e métodos contraceptivos. Segundo Eva, o objetivo da atividade foi fortalecer as ações educativas e preventivas juntos aos estudantes, além de trazer a reflexão sobre a importância de atitudes de prevenção e autocuidado.

No dia Mundial de Prevenção à Gravidez na Adolescência, 26 de setembro, Eva ressaltou a importância de se planejar a gestação e do uso correto do preservativo (masculino e feminino) na prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) e da gravidez. "Respeite seu tempo e suas convicções antes de iniciar a vida sexual. E lembrem-se de se proteger quando vocês já estiverem preparados", orientou.

Comunicação Social do campus João Pessoa