Na manhã desta segunda-feira (30), no auditório José Marques, membros da Reitoria Itinerante se reuniram a gestores do campus João Pessoa para discutir as pautas sugeridas pela comunidade acadêmica, no início do mês, via formulário. A comissão, presidida pelo reitor Nicácio Lopes, respondeu questionamentos das 8h às 13h, e contou com a participação do Diretor Geral, Neilor Cesar dos Santos, do Pró-Reitor de Assistência Estudantil, Manoel Macedo, do Diretor de Gestão de Pessoas, Agnaldo Tejo, e do chefe deste departamento no campus, Alecsando Kramer – os dois últimos, apenas no segundo momento do encontro.

Sobre a ocasião, Neilor afirma que a ideia principal é identificar as demandas mais urgentes para que a reitoria, em conjunto com a gestão local, possa empreender medidas que sanem essas necessidades. “No fechamento, traçamos um plano de ação em um sistema virtual para acompanharmos o direcionamento das posições tomadas, com prazos estipulados”, explicou o Diretor.

O primeiro momento foi direcionado ao debate com os estudantes, e permeou temas como o combate ao assédio, política estudantil, Empresa Júnior, e reforma do ensino médio. Segundo o reitor Nicácio, no tocante à política estudantil, foram esclarecidas pela comissão as formas pelas quais os orçamentos são construídos, colocando “a necessidade de se criar processos sempre dialógicos com os alunos, para que eles se inteirem e possam participar do processo decisório nesse âmbito.”

Em relação às Empresas Júnior, Nicácio afirma que a Pró-Reitoria de Extensão em breve convocará a Direção para sistematizar a qualificação do trabalho dessas empresas e buscar orientação sobre a possibilidade de criar novas, de acordo com o que a legislação estabelece.

No segundo momento, reservado à troca de informações com os servidores, foram abordados os assuntos: Política Institucional EAD, regulamentação da jornada de trabalho e instalação de ponto eletrônico, método de seleção para candidatos do Ensino Médio com Técnico Integrado ou Subsequente, Qualidade de Vida, e Adicional de Insalubridade.

A partir de um questionamento sobre a situação de exclusão em que se encontraria o IFPB, caso a forma de ingresso ao Instituto retornasse à aplicação de provas, Manoel Macedo pontuou: “Temos que trabalhar com um método que garanta a pluralidade. Para mim, a avaliação do histórico escolar do candidato assegura um exame de toda a carreira dele enquanto estudante, não só no momento de uma prova. Não devemos, também, estimular uma zona de conforto em que não teremos de lidar com alunos que tiveram oportunidades sociais distintas. É preciso trabalhar pela inclusão dos diferentes.”

Nicácio complementou: “Pela profundidade envolvida, é preciso que nos mantenhamos sempre discutindo essas questões, mas já há dados concretos quanto à eficácia do novo modelo que adotamos. Em 2015, quando a seleção era por meio de provas, em um prazo de dois meses, nós registramos cerca de 12 mil candidatos inscritos no processo. Com a aplicação do novo método, de avaliação do histórico escolar, registramos quase o dobro de candidatos na metade do tempo, ou seja, mais de 23 mil inscritos em 30 dias.”

O reitor também chamou a atenção para a redução de custos ocorrida com a mudança. Antes, eram desprendidos quase 500 mil reais para contratação de pessoas para elaborar as provas, aplicadores, fiscais etc. Essa quantia era retirada dos recursos destinados à manutenção dos estudantes. Agora, o custo é zero, o que se reflete no ato da inscrição, que era paga e passou a ser gratuita.

Sobre Qualidade de Vida, Agnaldo Tejo afirmou que os servidores devem, antes de tudo, gostar do que fazem, tomando consciência de seus papéis na instituição e passando a participar mais das reuniões e eventos propostos. Do contrário, elaborar projetos na área não se torna tão efetivo quanto poderia. A fala corroborou com a da funcionária Dayse Ayres, que relatou: “Temos de pensar a Qualidade de Vida para além do Espaço do IFPB, enxergando a necessidade de atividade física e alimentação saudável. O Instituto pode, sim, oferecer algo a mais, porém se não fizermos nossa parte, não iremos mudar nossa situação.”

Seguindo a linha de raciocínio, Nicácio acrescentou que a Diretoria Geral de Gestão de Pessoas (DGEP) tem um bom programa de recepção de servidores, para integrá-los ao ambiente institucional, dando a deixa para Alecsandro Kramer fazer o convite às atividades referentes ao Dia do Servidor, que ocorrerão nos dias 08, 09 e 10 de novembro. “Será uma programação voltada à saúde mental”, destacou.

No encerramento do debate, Nicácio constatou a necessidade prioritária de um mapeamento dos setores onde há uma exposição de funcionários a condições de perigo, registrando a quantidade de servidores que precisa receber o adicional de insalubridade.

Comunicação Social do campus João Pessoa