Inteligência Artificial é a área da ciência da computação que se propõe a elaborar dispositivos que simulem a capacidade humana de raciocinar, perceber, tomar decisões e resolver problemas. Com o avanço tecnológico, há uma tendência de automatizar atividades tradicionais e até extinguir algumas profissões. Foi sobre esse assunto que o professor da UFPB e UFCG, Emir Candeia Gurjão, debateu com alunos do campus João Pessoa, na palestra “Inteligência Artificial e o futuro do emprego”, realizada nesta quarta-feira (08).

O termo Inteligência Artificial foi criado na década de 1950 por um professor do Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT), para descrever a capacidade das maquinas na resolução de problemas humanos. Um dos episódios que representou o avanço das pesquisas nessa área aconteceu em 1997, quando o software Deep Blue tornou-se o primeiro programa de computador a derrotar o campeão mundial de xadrez, Garry Kasparov.  Desde então, a Inteligência Artificial se manifesta em máquinas reativas - que se especializam em determinada atividade -; nos sistemas com memória suficiente para tomar decisões; nas tecnologias que compreendem pensamentos e até em máquinas autoconscientes.

Professor Emir ressalta que 85% dos trabalhos atuais vão ser automatizados, principalmente em países desenvolvidos. As profissões que mais correm risco de serem substituídas por máquina são: motorista, garçom, médico, profissional do apoio jurídico, jornalista e analista financeiro, entre outros. 

Emir arremata que o futuro reserva oportunidade de trabalho para quem está estudando a inovação, a internet das coisas ou a Inteligência Artificial. “Os empregos novos são aqueles que exigem muito mais da mente humana, mais preparo, envolve a gestão do presente e do futuro e a gestão da mudança”. Ele ainda reforça que haverá espaço para o trabalhador independente, criador do seu próprio negócio. “Aquela história de procurar emprego está acabando. Nós que temos que inventar nosso emprego. Vocês, que serão tecnólogos, devem ter suas empresas e interagir com o mundo. Antigamente, só o diploma bastava para termos o nosso trabalho, mas não será mais suficiente ”.

A palestra do professor Emir faz parte da programação do Fórum de Debates em Educação, promovida pela coordenação de Ciências Humanas do campus João Pessoa. A ideia é promover ciclos de encontros nas primeiras semanas de cada mês. 

Comunicação Social do campus João Pessoa