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Alunos do IFPB ganham destaque com premiações no Expohab
Dois projetos de alunos do campus João Pessoa conquistaram boas classificações na Expohab, ação da Companhia Estadual de Habitação Popular (Cehap), vinculada ao Governo da Paraíba, que tem o objetivo de estimular ideias que incentivem o uso racional dos recursos naturais e provocar a aplicação dessas novas tecnologias nas habitações de interesse social construídas em todo estado.
Os participantes Alysson José Mendes Borba e Laerte Bernardo de Medeiros, discentes de Engenharia Elétrica, submeteram o projeto “Sistema de Detecção de Acúmulo de Água Para Lajes e Calhas”, alcançando o primeiro lugar na categoria Pesquisador. O objetivo da iniciativa é de diminuir os riscos à saúde humana através da prevenção da retenção de água nas lajes por um sensor de chuvas. Isso porque o líquido, quando infiltrado no teto e nas paredes da casa, pode produzir mofo e, por consequência, agravar rinites e gerar doenças respiratórias nos moradores. O sistema proposto pelos alunos também serve para alertar os usuários sobre potenciais criadouros de mosquitos Aedes aegypti no telhado, uma vez que água parada fornece as condições favoráveis ao desenvolvimento do inseto transmissor da dengue, da zika e da febre amarela urbana.
Todo o projeto (a parte escrita e o protótipo) foi desenvolvido pelos estudantes no período de uma semana. Laerte, que já havia participado anteriormente da Expohab, conquistando premiação com a proposta de um kit fotovoltaico para a aplicação no meio rural, conta de onde veio a ideia de planejar o sistema submetido nesta edição da iniciativa estatal: “A ideia surgiu de um problema que tive na minha casa. Um pedreiro que contratamos para fazer um serviço na laje esqueceu um copo de alumínio no local, o que obstruiu totalmente a calha. O teto ficou todo mofado, e ficamos com medo de a infiltração chegar no sistema elétrico. Então pensei: ‘de que forma os conhecimentos que eu tenho podem ajudar nessa situação?’”, explicou, revelando que o sistema ainda ajuda a evitar prejuízos financeiros.
“Até porque o telhado da nossa casa geralmente é uma área negligenciada. Nós só nos preocupamos com ele quando há um problema e ele já está bem agravado”, complementa Alysson. Ele reforça que no início, houve contribuição do Laboratório IEEE com sugestões no desenvolvimento do projeto, e revela quais eram as expectativas que ambos tinham de vencer na categoria inscrita: “A gente estava desacreditado, porque a maioria dos outros projetos era na área de Engenharia Civil, frutos de pesquisas acadêmicas mais desenvolvidas. O nosso trouxe essa ideia mais tecnológica do aplicativo, mas ainda está em fase de experimentação. No entanto, acho que o nosso diferencial foi justamente esse. Ajudou muito”. Ele ainda acredita que a forma como os dois apresentaram a proposta foi um fator definitivo para que a ideia fosse compreendida e “comprada” pelas pessoas.
Por sua vez, Isaías Brito e Rayza Beatriz, discentes do curso técnico integrado em Edificações, conquistaram o segundo lugar na categoria Estudante ao apresentar propostas sustentáveis de formulações de argamassa, concebidas a partir do grupo de Pesquisa coordenado pelo professor Marcos Alessandro. A inciativa registrou, como diz o título, o "Desenvolvimento de novas formulações de argamassa autonivelantes, leves e ecoeficientes", utilizando resíduos regionais, como biomassa da cana-de-açúcar. Rayza comentou que principal razão para se pensar essas soluções está no fato de a construção civil ser "uma das indústrias que mais consomem matéria prima e cimento".
De acordo com Isaías, o projeto foi dividido em duas partes. Enquanto a conceitual abordou a relevância técnica e ambiental das novas argamassas, a prática consistiu na formulação destas, avaliando composição e dosagem do material. "Elas deveriam apresentar viabilidade físico-mecânica, com todas as propriedades idôneas, e também um baixo consumo de cimento, aliando a questão ambiental à questão técnica", explicou o aluno.
Ainda na categoria Estudante, Romário Carneiro Rodrigues e Laércio Carvalho, do campus Princesa Isabel, conquistaram o primeiro lugar com o projeto “Fossa ecológica circular: economia, tratamento local e paisagismo”.
Comunicação social do campus João Pessoa