Não é só de esporte e cultura a Secif é feita. Tecnologia e conhecimento também fizeram parte da programação e estrearam na edição de 2017 do evento com uma participação efetiva de competidores e torcida. A inovação na programação também promoveu momentos de integração e fair play.

A competição contou com equipes de Contabilidade, Edificações, Eletrônica, Eletrotécnica, Instrumento Musical e Mecânica e foi bem acirrada. Com uma vitória bem apertada, a diferença de menos de cinco segundos em relação ao segundo lugar, os estudantes de Edificações fizeram a volta mais rápida no circuito e garantiram a primeira posição. A 2ª colocação ficou com Eletrotécnica, em 3º lugar Eletrônica e na 4ª posição a equipe de Instrumento Musical. Os times de Contabilidade e Mecânica não conseguiram completar a prova.

Quando a equipe de Contabilidade teve problemas com seu robô os outros participantes da competição tentaram ajudar. O mesmo aconteceu com a equipe de Mecânica. Ao final, as torcidas adversárias estavam torcendo uns pelos outros.

Para o coordenador da competição o professor Robério Paredes, além do caráter tecnológico da atividade, a Robótica geralmente produz esse efeito de envolvimento e união. O docente destaca que no caso da Secif, essa integração começou na organização da atividade, que foi realizada por alunos dos cursos superiores.

Robério também destacou que por seu caráter multidisciplinar a Robótica termina eliminando algumas barreiras, já que “alguns cursos que tradicionalmente não são ligados à área, geralmente têm o preconceito de achar que só pessoal da área técnica de Exatas trabalha com Robótica”. Ele ressaltou que a competição da Secif 2017 conseguiu reunir quase todos os cursos técnicos integrados.

O coordenador da competição de Robótica avaliou positivamente a atividade pela adesão dos estudantes e engajamento das torcidas, que estavam animadas e empolgadas. “O mais importante foi ver que as equipes estavam unidas, independente do curso. E essa união contagiou as torcidas, que acabaram torcendo por outras equipes. Esse é o papel fundamental da Robótica, promover a integração entre diversas áreas”, ponderou.

Lançamento de Foguetes

Já na competição de Lançamento de Foguetes participaram alunos dos cursos técnicos integrados de Edificações, Eletrotécnica, Mecânica, Instrumento Musical e Contabilidade. Cada equipe teve direito a três lançamentos. No primeiro, o foguete de Mecânica se sobressaiu ao percorrer 47,2m, uma diferença de quase dez metros para o segundo grupo (Eletrotécnica), cujo foguete atingiu a distância de 38,36m horizontais.

Na rodada seguinte, Eletrotécnica perdeu a chance de desbancar a pontuação de Mecânica ao não conseguir executar o lançamento, o que se repetiu na última rodada, inclusive com a equipe de Contabilidade. Nos momentos finais, o páreo ficou entre os outros três cursos. Um lançamento de 69,2m consagrou o primeiro lugar para Mecânica, seguida de perto no pódio por Edificações (68,1m) e Instrumento Musical (64m).

Francisco Nobre, coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Astronomia (Nepa), fez uma boa avaliação da modalidade, que apareceu pela primeira vez em uma edição da Secif. “A competição foi excelente. Superou as práticas que a gente fez ano passado pra a Mostra Brasileira de Foguetes. A participação dos alunos foi muito maior, com equipes mais bem trabalhadas."

Comunicação Social do IFPB campus João Pessoa