Nos dias 02 e 03 de abril, o grupo de afinidades e sem fins lucrativos WIE (Women in Engineering) realizou um minicurso de Montagem de Braços Robóticos nas salas 16 e 17 do campus João Pessoa. A iniciativa, feita em parceria com a RAS (Robotics and Automation Society), promoveu o engajamento de futuras engenheiras em atividades tecnológicas, aproximando-as, junto aos demais participantes, a um dos campos de atuação profissional do curso de Engenharia Elétrica do IFPB, por meio da aplicação de conceitos multidisciplinares.

WIE e RAS são equipes técnicas vinculadas ao Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE), com a função de difundir conhecimento e estimular a curiosidade das pessoas pela Engenharia. Membros desse ramo no IFPB, os discentes Mariana Barros e Julio Coelho esclareceram como as siglas se uniram na concepção do evento: “Como as atividades do IEEE estavam paradas aqui no campus, decidimos reativá-las, há um mês. Esse minicurso foi nosso primeiro evento de 2018, ministrado pelo WIE com materiais cedidos pela RAS. Foram duas turmas com 10 integrantes, uma na segunda-feira (2) e outra na terça-feira (3). Dividimos cada turma em cinco duplas para fazer a montagem dos braços robóticos, intercalando a atividade com dinâmicas”, relatou Mariana.

“A gente viu algumas pessoas fazendo braços hidráulicos na internet e decidiu reproduzir o experimento organizando essas oficinas. A gente acredita nessa visão: se você estuda numa universidade tecnológica e se engaja com as atividades do teu curso, a chance de se apaixonar pelo que faz é muito maior”, complementou Julio.

Vitória Régia, uma das ministrantes da oficina, junto com Mariana, listou alguns materiais utilizados no minicurso e como os braços robóticos foram confeccionados: “Basicamente, a gente usou restos de madeira, palitos de picolé, garrafas Pet, seringas, mangueiras, ‘enforca-gatos’ (abraçadeiras), alguns ganchos e corantes para a brincadeira ficar mais legal. Eles (os corantes) foram usados para colorir a água das seringas, diferenciando-as”. Em seguida, ela detalhou como foi feito o movimento dos braços: “Depois de toda a montagem, uma seringa fica ligada a outras, que ficam presas às madeirinhas do braço. Quando eu aperto a primeira seringa, ela empurra a água para as próximas, fazendo com que elas abram ou fechem, gerando, por consequência, uma movimentação nas madeiras nas quais estão presas.”

Rebeca Mendes, estudante do primeiro período da graduação em Engenharia Elétrica, ficou sabendo do minicurso através do instagram do campus João Pessoa. Buscando acumular conhecimento na sua área, ela se inscreveu e foi selecionada para participar da turma do primeiro dia. A aluna citou o momento da oficina que mais gostou e discorreu sobre a relevância da iniciativa: “Dei uma pesquisada antes de vir, mas tudo que aprendi hoje aqui, eu vi pela primeira vez. A parte que eu mais gostei foi a hora da montagem, a prática. O evento foi bom para a gente ver com o que se identifica mais, aprimorar o que você sabe na área. Acho muito importante também porque geralmente nesses cursos (tecnológicos) não têm muitas meninas, e a ideia do minicurso, apesar de ter homens, foi dar prioridade para elas, mostrar que elas podem se envolver nesse mundo e se dar super bem!”.

Com o total de 30 inscrições para 20 vagas, validadas com a doação de um quilo de alimento não perecível por cada estudante, a iniciativa deverá ter nova edição em breve. Os mantimentos arrecadados serão doados para a Paróquia Nossa Senhora do Rosário.

Comunicação social do campus João Pessoa