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Diversidade de gêneros e educação inclusiva marcam último dia da XIII SECT
O último dia de atividades da XII Semana da Ciência e Tecnologia (SECT) do campus João Pessoa foi marcado por discussões sobre diversidade de gêneros e educação inclusiva. Além das atividades já programadas da SECT, os participantes também conferiram a programação do 1º Simpósio de Diversidade Sexual, de Gênero e Políticas de Igualdade, organizado por alunos dos cursos técnicos, com apoio do Departamento de Articulação Pedagógica do campus.
No ginásio, os debates foram direcionados pelo tema “Em tempos de crise, como defender nossos direitos?”, com a participação da professora Dany Barbosa, da vereadora Sandra Marrocos, da Corregedora Setorial da 6ª Companhia Independente de Polícia Militar do estado, Nayhara Hellena e do professor Luis Lima. À tarde, o docente José Cleudo Gomes deu seguimento à discussão falando sobre a trajetória e resistência do Movimento LGBT no Brasil.
No auditório, as palestras também abordaram preconceitos sob outro viés. A professora Regina Valentin trouxe reflexões sobre as dificuldades que o deficiente encontra na escola e também no mercado de trabalho e mostrou como pequenas atitudes podem melhorar o acolhimento dessas pessoas. Regina ainda mostrou casos de sucesso do próprio campus João Pessoa, como o projeto de criação de uma balança mecânica com sinais sonoros, criado pelo professor Sérgio Santos para auxiliar atividades práticas do aluno deficiente visual Leonardo Xavier. “Isso mostra que é possível ensinar a um deficiente, basta querer e buscar alternativas para os limites”, acrescentou Regina.
A professora da UFPB, Vanessa Farias, incrementou a discussão apresentando o Projeto IT Girls, que tem como principal propósito fazer com que meninas conheçam melhor as áreas das Tecnologias da Informação e Comunicação, como também unir e estimular as estudantes da graduação. “A menina é ensinada a não correr riscos na infância, não é estimulada a gostar de raciocínio logico, através de brinquedos ou atividades. Isso impacta muito na vida adulta, na escolha profissional, pois, dificilmente, ela vai optar pela carreira da área de exatas, porque ela não foi preparada para isso”.
Vanessa ainda mostrou que existe um preconceito com a mulher que ingressa na área de computação, enfatizando que cerca de 50% das alunas que entram para o curso ofertado pela UFPB e Rio Tinto desistem da graduação. “É preciso conscientizar a sociedade, através de palestras e exibição de filmes. É preciso capacitar, inserindo atividades que envolvem raciocínio logico e programação. E mesmo quando ela estiver no ensino superior, ela precisará de uma rede de apoio, para acolher e fortalecer essa mulher”.
Houve, ainda, exposições artísticas, apresentações culturais e o final da VIII Maratona Projeto Olímpico de Programação.
Coordenação de Comunicação Social