Alunas do ensino fundamental de escolas públicas de João Pessoa participam durante toda esta quarta-feira (21) do evento "Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação", organizado pela Coordenação de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Inovação (Copex) e pelo Núcleo de Inovação do Campus João Pessoa, com a parceria Ramo estudantil IEEE (WIE - Women in Engineering e RAS - Robotics and Automation Society).

A abertura aconteceu no auditório José Marques e reuniu servidoras do IFPB, todas engenheiras de áreas como cartografia, civil, elétrica, mecânica e de pesca. A pró-reitora de Ensino do IFPB, Mary Roberta, parabenizou o campus pela iniciativa, destacando que “é de extrema relevância compreender os processos culturais que levaram a pouca participação de mulheres em algumas áreas". A pró-reitora reforçou, ainda, duas características importantes para as mulheres que querem ter carreira nas áreas de Ciências Exatas, Engenharia e Tecnologia: imaginação e perseverança. Finalizou enaltecendo a necessidade de se estimular o respeito e entendimento de que todos são iguais, independente do gênero.

A professora Michele Beppler, Chefe do Departamento de Ensino Superior do campus, ressaltou que o objetivo da iniciativa é estimular nas meninas o interesse pelas Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática e enfatizar que elas têm capacidade de seguir carreira nessas áreas.

A palestra de abertura, que abordou o tema “Mulheres nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação”, foi ministrada pela professora Silvana Cunha Costa, Pró-reitora de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação do IFPB. Silvana trouxe dados para mostrar que as mulheres ainda são minoria nas ciências, mas que muitas cientistas romperam barreiras e conseguiram se destacar, a exemplo de Marie Curie, que recebeu um Novel de Física em 1903 e um Nobel de Química em 1911.

Ela enalteceu a realização do evento e elencou, ainda, que é preciso atuar no processo de desconstrução de uma cultura que trata meninos e meninas de formas diferentes e dar visibilidade aos reconhecimentos das conquistas femininas para diminuir desigualdade de gênero na ciência.

A professora Rafaelle de Aguiar, idealizadora do evento, contou que a iniciativa começou de um jeito despretensioso. “Era pra ser uma oficina para as meninas do IFPB e as colegas foram aderindo, o grupo foi ficando grande e hoje, somos 35 professoras e 36 monitoras”. Na visão de Rafaelle, a ideia de receber alunas de outras escolas tem duas vantagens: “Resolvemos abrir para as alunas de fora por conta do nosso processo seletivo para ingresso nos cursos técnicos, que não precisa de prova, então é um estímulo para que elas conheçam a instituição e se interessem pela área de ciência, tecnologia, engenharia e matemática”.

A aluna Jessica Pinto, do 8° ano escola Bartolomeu de Gusmão, resumiu, em breves palavras, o  aprendizado deste dia: "A experiência do evento mostrou que a gente pode estudar o que quiser, é só se dedicar". A estudante disse que aproveitou também para conhecer o instituto e fez planos para estudar aqui, no futuro.

No segundo dia do evento (22), foi a vez das meninas do Ensino Médio da rede estadual da capita participarem das oficinas e da mesa-redonda "Elas nas Exatas", que trouxe histórias das trajetórias de quatro professoras, uma engenheira e uma estudante que tiveram sua trajetória ligada ao IFPB. A ideia foi motivar as participantes a seguirem carreira com as quais se identifiquem, mesmo que seja em áreas cuja participação feminina ainda é menor que a masculina.

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Comunicação Social do campus João Pessoa