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Projeto de Química produz vídeos para ensinar Atomicidade para Surdos
Promover o ensino inclusivo de Química é a proposta do Projeto Atomicidade para Surdos, que une conhecimentos sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e os conteúdos desenvolvidos na Educação Básica sobre essa ciência. A área de Química ainda carece de metodologias e ferramentas que possibilitem os estudantes surdos terem acesso a assuntos da disciplina.
A ideia surgiu da observação de que o ensino de Química para surdos, por meio da Libras ainda esbarra em algumas dificuldades porque os termos frequentemente utilizados nesta disciplina não possuem seus correspondentes na língua. Outro obstáculo é a falta de material didático adaptado, principalmente porque o número de sinais em Libras específicos para Química é muito reduzido e essa limitação dificulta a comunicação e a construção do conhecimento do aluno surdo.
Participam do projeto os professores de Química Andréa Lira e Anderson Simões; as docentes de Libras Regina Monteiro e Katia Albuquerque; os estudantes Matheus dos Santos (Instrumento musical), Brenda Dantas (Instrumento Musical), Fernanda Amaral (Controle Ambiental); e o técnico administrativo da coordenação de Produção Audiovisual, Marcos Paiva.
A proposta inicial do projeto foi a produção de vídeo-aulas sobre o tema Teorias Atômicas. Os professores de Química que participam do projeto construíram roteiros pedagógicos e as professoras de Libras buscaram e criaram termos específicos da disciplina que não tinham uma sinalização fácil ou adequada em Libras.
Em seguida o material foi gravado pelo servidor da coordenação de Produção Audiovisual do Campus João Pessoa com um estudante surdo, que atuou como interprete de Libras nas gravações. E a vídeo-aula foi editada e finalizada. Confira o material neste link.
A orientadora do projeto, professora Andréa Lira, acredita que os vídeos terão uma boa recepção por parte dos alunos e podem auxiliar os estudantes surdos na preparação para o Enem. Outro benefício, segundo a docente é que o projeto pode “contagiar outros professores no despertar e desenvolvimento de materiais didáticos voltados para a inclusão”, frisou.
O próximo passo do projeto é a produção de vídeo-aulas de outros conteúdos de Química. “O resultado ficou muito bom, o grupo desenvolveu um excelente trabalho, pensado em muitos detalhes e com uma alta qualidade de edição”, ressaltou Andréa ao agradecer os integrantes da equipe do projeto pelo trabalho executado.
Comunicação Social do IFPB Campus João Pessoa