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O papel fundamental da ciência no enfrentamento da pandemia da COVID-19
Nesse momento de crise mundial, Ciência, Pesquisa e Inovação têm sido as palavras-chave na busca por respostas que ajudem a combater o Coronavírus. As Instituições de Ciência e Tecnologia-ICT, como Institutos Federais, Universidades e organizações de Pesquisa aparecem como protagonistas na busca por soluções que ajudem a sociedade.
Não só no Brasil, mas em todo o mundo, pesquisadores de diversas áreas têm dedicado tempo e recursos na busca por inovações e tecnologias, que possam amenizar os danos causados pela pandemia. O Instituto Federal da Paraíba também entrou nessa batalha com várias ações como a fabricação de protetores faciais, máscaras e álcool em gel.
Novas possibilidades têm aparecido. Por meio da provisão de recursos extras do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações-MCTIC, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial-EMBRAPII está recebendo projetos de combate ao COVID-19. O Polo de Inovação do IFPB, uma unidade EMBRAPII, já recebeu 10 projetos, dos quais quatro são parcerias com empresas. As outras seis propostas devem ser encaminhamos para submissão ao edital da Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação-PRPIPG.
A diretora do Polo, professora Damires Souza, ressalta que o momento tem acentuado a importância da ciência no combate à pandemia. “Tem sido fundamental a participação das ICT, nos processos de ações de desenvolvimento de tecnologia e de soluções de combate ao COVID-19”. A docente afirma que o IFPB e o Polo de Inovação têm desenvolvido ações voltadas à Inovação e, por isso, estão prestando uma contribuição significativa à sociedade.
Damires ressalta que essa contribuição é fruto de pesquisas aplicadas a problemas reais, o foco do Polo. “A partir da resolução desses problemas reais, a gente obtém a Inovação”, reforça. Ela acrescenta que por meio de parceria com algumas empresas, pesquisadores e estudantes do IFPB estão conseguindo desenvolver soluções com custos mais baixos e de forma mais rápida e ágil. Uma delas é a produção, em parceria com o Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde da Universidade Estadual da Paraíba-NUTES/UEPB, de protetores faciais para profissionais de saúde.
“É exatamente nesses momentos de crise que a gente consegue perceber o quanto de investimento em pesquisa é necessário em um país como Brasil e em todo o mundo. São as pesquisas provenientes de grupos de pessoas que estão continuamente trabalhando em prol de desenvolver soluções, fármacos, tecnologias que fazem a diferença”, frisa Damires. A pesquisadora do IFPB Campus João Pessoa destaca ainda que é por meio do investimento em ciência, pesquisa básica, pesquisa aplicada e inovação que várias contribuições chegam a toda a sociedade.
Umas das propostas de combate à COVID foi elaborada pelo professor do Campus Cajazeiras, George Candeia. O docente conta que o projeto surgiu a partir de uma ideia do professor do Campus João Pessoa Francisco Fechine, que pensou em desenvolver um sensor capaz de detectar a frequência respiratória e a temperatura corporal de uma pessoa.
“Pensamos no projeto de um sistema que coletasse os dados deste dispositivo e, a partir desses dados, realizasse a identificação de sintomas como dispnéia (falta de ar), tosse e febre, com o objetivo de ajudar em um possível diagnóstico da COVID-19”. Com o sistema seria possível que profissionais de saúde monitorassem, em tempo real, pacientes internados ou quem está cumprindo quarentena em casa. Além disso, o acesso aos dados seria feito por meio do smartphone ou computador conectado à internet.
George também afirma que a pesquisa e a inovação têm papel fundamental para a sociedade, principalmente em momentos de crise como este. “Estamos acompanhando, pelo noticiário, diversas iniciativas, em todo o mundo, para que possam ser disponibilizados, em tempo recorde, novos equipamentos mais simples e baratos, novas tecnologias e processos que venham a contribuir para o enfrentamento de pandemia tão grave. As pesquisas aplicadas, típicas dos Institutos Federais, têm papel importante nesta luta”, frisou.
Segundo o professor, fazer esse tipo de pesquisa é extremamente gratificante, pois gera uma contribuição direta para sociedade, em um momento difícil e complicado como o atual. Ele destaca, ainda, o potencial da Rede Federal, que possui mais de 650 campi no país, com milhares de estudantes, professores e técnicos-administrativos bem qualificados, que vêm contribuindo no combate à COVID-19, através de diversos projetos de pesquisa básica, aplicada, inovação, extensão e serviços tecnológicos.
“Dispomos de laboratórios de referência em praticamente todas as áreas do conhecimento. Assim, estão surgindo as mais diversas iniciativas, entre as quais estão as propostas pelos profissionais do IFPB, por meio de editais internos, em parceria com o CONIF, também, por meio do Polo de Inovação e laboratórios da instituição, como o Laboratório Assert do Campus João Pessoa”, finaliza.