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Pesquisadores propõem ferramentas que auxiliam no combate à COVID-19

Conheça duas propostas de projetos que serão desenvolvidos por grupo de professores e estudantes do IFPB
por publicado: 08/05/2020 12h59 última modificação: 13/05/2020 12h52

“As conquistas humanas compõem-se de 1% de inspiração e 99% de transpiração”. A frase é atribuída a Thomas Edison, um dos mais conhecidos inventores e cientistas do mundo. Esse parece ser o caminho de pesquisadores, debruçar-se sobre assuntos que podem desenvolver soluções e tecnologias para ajudar a sociedade.

Várias ideias mudaram o curso da história, outras resolveram problemas simples do dia a dia, que se tornaram ferramentas e técnicas utilizadas por qualquer pessoa. Algumas ideias surgem depois de anos de pesquisas, enquanto outras acontecem até por acidente, mas todas são fruto de estudo, testes, empenho e dedicação do pesquisador.

No Brasil, a maior parte da pesquisa é desenvolvida pelas Universidade e Institutos Federais. O papel dessas instituições tem se mostrado fundamental ao enfrentamento da pandemia da COVID-19. Nesse contexto, o IFPB tem aberto editais de pesquisa e chamadas públicas de extensão, com a finalidade de minimizar os impactos do coronavírus na sociedade.

Seja por meio de editais ou assuntos recorrentes na mídia, os pesquisadores acadêmicos conseguem desenvolver ideias com foco na resolução de problemas reais. Além disso, também conectam conteúdos de suas pesquisas a áreas bem diferentes. Esse é o caso do professor Danilo Regis, que é doutor em Engenharia Elétrica e submeteu trabalhos que fazem ponte direta com a área de saúde.

“Aplicativo para Análise de Sintomas e Auxílio no Tratamento de Doenças Respiratórias” é o título da proposta, submetida a chamada pública da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura. O projeto visa desenvolver um aplicativo, em que pessoas podem informar os seus sintomas e verificar as possibilidades de para onde devem se dirigir.

“A ideia surgiu da tentativa do nosso grupo de pesquisa em poder ajudar a população e profissionais de saúde. Como trabalhamos com inteligência artificial pensamos em coletar dados dessa pandemia e quem sabe usar o que trabalhamos para ajudar a saúde das pessoas”, explica Regis.

O pesquisador conta que há um certo tempo, o grupo vem trabalhando em soluções para a área da saúde. “Esse nosso trabalho tem trazido muita alegria para toda a equipe, pois podemos vê-lo sendo aplicado em algo que pode ajudar a salvar vidas. Esperamos ver em breve vários de nossas ideias sendo utilizadas para toda a população”, ressalta.

Um desses trabalhos foi o software que utiliza inteligência artificial e é capaz de verificar um eletrocardiograma, e a partir dele gerar um sinal tridimensional e ajudar médicos a identificarem infarto em fases iniciais. Veja a matéria completa neste link.

“Tentamos ajudar a sociedade e nas pesquisas com saúde percebemos onde nossos estudos podem ser aplicados. Precisamos melhorar também a interação com empresas e órgãos do governo para tirar esses trabalhos de artigo e colocar em locais que ajudem a população”, ressalta Danilo Regis. Ele reforça a importância de se investir em pesquisa e inovação constantemente, não só em momentos de crise. “Só dessa forma que poderemos crescer, melhorar os processos e achar soluções para problemas existentes”.

O docente acredita que a conexão entre as áreas é fundamental, embora ainda não seja comum. “Acredito que poderíamos fazer mais se tivéssemos mais pessoas de outras áreas trabalhando juntos. Infelizmente, não é muito fácil fazer a interdisciplinaridade”.

Aplicativo identifica lesão nos pulmões

Em conjunto com sete estudantes, Regis está desenvolvendo mais uma proposta para auxiliar na identificação de lesões em pulmões. Para isso, o grupo pretende criar um sistema que utiliza imagens de raio-X e inteligência artificial para identificar esse tipo de lesão e, assim, auxiliar os médicos a diagnosticarem os casos mais críticos de COVID-19.

Os estudantes que estão envolvidos nessa proposta são: José Raimundo Barbosa (que cursa o mestrado em Engenharia Elétrica do IFPB), Paloma Santos, Rafael Duarte, Richard Sidney, Ruan Castro, Diego Martins e Calebe Oliveira (todos do curso de bacharelado em Engenharia Elétrica do Campus João Pessoa).

No sistema, o usuário (técnico em radiologia ou médico) pode submeter dados clínicos e imagens de Raio-X de pacientes com COVID-19. “A plataforma irá processar as informações e utilizar técnicas de processamento de imagem e inteligência artificial para marcar as áreas do exame de Raio-X com provável dano”, explica o mestrando José Raimundo Barbosa.

Sobre a sensação de poder atuar na busca por uma solução que pode beneficiar diretamente a população, o estudante afirma ser um misto de compromisso com empolgação. “Compromisso, por se tratar de um momento tão sério na história da saúde pública. Empolgação, por ser uma grande oportunidade de aplicar as técnicas que aprendemos durante nossa jornada acadêmica, em uma situação que irá ajudar pessoas, profissionais de outras áreas e pacientes”, frisou.

A proposta envolve conhecimento de várias áreas como: engenharia, computação, saúde e ciência dos dados, entre outras. Para o estudante, a situação global causada pela COVID-19, só reforça a importância da colaboração de pesquisadores de vários campos e “torna mais evidente a importância da pesquisa e da ciência”.

 

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