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Fake News sobre coronavírus trazem prejuízo à prevenção e combate à doença
Notícias falsas em tempos em que a informação correta é essencial para prevenção e combate à COVID-19 são um desserviço que coloca em risco a vida das pessoas. A rápida circulação em redes sociais e aplicativos de mensagens faz com que boatos ou informações imprecisas cheguem a dezenas, centenas e até milhares de pessoas em poucas horas. Confira alguns casos nesse link.
Preocupada com a quantidade de informações sobre a pandemia atual, a Organização Mundial da Saúde-OMS, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde-OPAS, publicou, em 30 de abril, um informativo que descreve dois fenômenos bem atuais. O primeiro é a infodemia, que se caracteriza pelo o aumento considerável no volume de informações (algumas precisas outras não) sobre um determinado assunto, no caso atual sobre a COVID-19. O outro é a desinformação, que pode entendida como informação falsa ou imprecisa.
“361 milhões de vídeos foram carregados no YouTube nos últimos 30 dias com a classificação “COVID-19” e “COVID 19”, e cerca de 19.200 artigos foram publicados no Google Scholar desde o início da pandemia. No mês de março, cerca de 550 milhões de tuítes continham os termos coronavirus, corona virus, covid19, covid-19, covid_19 ou pandemic [pandemia]”. Esses são alguns dados apresentados no folheto, que descrevem o tamanho do problema. Confira o documento completo nesse link.
Por meio do informativo, a OMS alerta sobre os riscos e perigos do excesso de informações e notícias falsas. Alguns deles são:
- dificulta que fontes idôneas sejam encontradas;
- promove o clima de ansiedade e depressão entre as pessoas;
- pode afetar as tomadas de decisão.
Outra iniciativa, dessa vez nacional, para combater o aumento de fakenews (termo popularizado que se refere a conteúdos falsos ou imprecisos) foi a criação da página https://www.saude.gov.br/fakenews, pelo Ministério da Saúde. Nela há a possibilidade de se verificar a veracidade de uma informação, usando um canal no Whatsapp (não é SAC ou tira dúvidas), para onde você pode enviar mensagens que recebeu. As mensagens são apuradas por diversas áreas técnicas do ministério e depois da verificação, é enviada uma resposta oficial, afirmando se a mensagem é verdade ou mentira. O canal é gratuito e para ter acesso, basta adicionar o número (61) 99289-4640.
O Ministério da Saúde também elaborou um espaço em sua página, onde constam 85 títulos, entre boatos e informações verdadeiras, que circulam na internet sobre coronavírus. Então, antes de repassar alguma mensagem, você pode fazer uma checagem rápida e tirar dúvida sobre algum conteúdo que recebeu em suas redes sociais.
Essa questão é tão séria e causa prejuízos, que algumas autoridades estão tomando medidas punitivas mais rígidas. No Espírito Santo, o governador sancionou uma lei que prevê multa de R$ 700,00 para quem espalhar informações falsas a respeito da pandemia. Embora haja discussões sobre a constitucionalidade e a responsabilidade de fiscalização para aplicação da multa, a medida visa inibir a propagação desse tipo de desinformação. Leia a matéria sobre o assunto, neste link.
Pesquisadores e empresas têm desenvolvido soluções para combater notícias falsas. Uma dessas iniciativas foi elaborada em 2018, por um grupo da USP-São Carlos que criou o Detector de Fake News. A ferramenta está acessível na internet: http://nilc-fakenews.herokuapp.com/ e também via Whatsapp. Saiba mais sobre o projeto neste link.
O estudante do curso superior de Tecnologia em Sistema de Telecomunicações do IFPB Campus João Pessoa, Leandro Cabral, desenvolve, em março desse ano, o aplicativo COVID 19: Utilidade Pública. Um dos objetivos do app é levar informações de fontes confiáveis para o usuário sobre a COVID-19. Segundo Leandro, outra utilidade do aplicativo é evitar a disseminação de notícias falsas, as chamadas Fakes News, relacionadas à pandemia. Acesse esse link, para ler mais sobre o aplicativo.
Comunicação, Cerimonial e Eventos do IFPB Campus João Pessoa