Quem está cumprindo a quarentena de acordo com as orientações das organizações de saúde, deixou seu veículo estacionado na garagem e pode estar preocupado com possíveis problemas que o carro ou moto possam apresentar após um período de tempo sem uso. O professor Erick Zambrano dá algumas orientações sobre manutenção de veículos nesse período.

“Antes de explanar os cuidados necessários que se deve ter com carros parados, deve-se ter em mente que nenhum bem material é mais importante que a sua saúde”, esse é o primeiro alerta do docente, lembrando que a primeira preocupação é se proteger e cumprir o isolamento social. A segunda recomendação é deixar o carro em uma situação que seja de fácil utilização em caso de emergência. Erick esclarece, em seguida, que se o veículo estiver funcionando bem e em local abrigado, ficar parado por duas semanas não irá causar danos aos componentes do veículo.

“Com relação aos mecanismos do carro como, motor, transmissão, juntas homocinéticas, freios, parte elétrica, entre outros, para mantê-los em bom estado de conservação é interessante que se ligue o veículo por 20 minutos uma vez por semana e rode com o veículo por aproximadamente 5km uma vez por mês”, frisa o docente. Ele alerta que se o carro ou moto está estacionado em uma garagem com pouca ventilação, como em subsolo de edifícios, o ideal é trocar o procedimento de deixar o carro ligado e optar por uma saída com o carro, porque os gases dos escapamentos são tóxicos.

No caso de estar no tempo de trocar o óleo ou fazer a revisão no carro ou moto, se o procedimento não for urgente pode ser adiado, porque muitas montadoras estão estendendo o tempo de revisão para quem tem carro na garantia. “Caso você precise realizar algum serviço de reparo e manutenção, procure oficinas que tenham comportamento de isolamento social e que higienizem seu veículo ao entrega-lo”, reforça o professor.

Deixar o veículo em um local que o proteja de chuva e excesso de incidência dos raios solares vai ajudar a conservar a pintura, partes internas (como banco e painel) e borrachas (como limpadores e pneus). O ideal é deixar o carro ou moto em um lugar arejado e sem poeira, se isso não for possível a solução é usar capas protetoras. Para ambientes internos, existem capas de tecido.

Já para quem não tem garagem coberta é necessário a utilização de uma capa impermeável. Além disso é preciso que a capa possua outras características como: proteção UV (diminui a possibilidade de ressecamento das partes plástica, de borracha e couro); forração interna total, parcial (minimiza o risco de arranhões na pintura ao colocar e retirar a capa); e cadeado e cabo de aço na borda (para dificultar a retirada pelo vento ou pessoas).

“Muitos tipos de capas, com algumas das características citadas, têm seus preços variando entre 40 a 100 reais. Lembre-se que o ideal é colocar a capa quando o veículo estiver limpo e seco, preferencialmente polido, para evitar arranhões na colocação e retirada da mesma”, explica o docente.

Outra alternativa mais barata é a lona, mas o cuidado deve ser redobrado para que o tecido não entre em contato direto com a pintura. Segundo o professor, uma solução para isso seria colocar um lençol entre a lona e o veículo. A desvantagem da lona é não conseguir ter uma fixação adequada ao carro ou moto, pois pode não ficar bem presa e ser retirada com facilidade ou estar amarrada com muita força e danificar a pintura. “É bom atentar que soluções improvisadas podem ser um complicador numa saída de emergência, então é bom evitar”.

Para proteger a parte interna do carro contra a incidência de radiação solar, o ideal é cobrir os vidros com tapa-sol e cortinas. “Esses aparatos podem ser adquiridos em sites de compra pela internet ou quem tem alguma habilidade pode confeccionar de forma artesanal”, comenta Erick.

A última recomendação é para quem tem carro com reservatório de partida à frio, segundo Erick Zambrano, o ideal é deixar o reservatório vazio ou utilizar um tipo especial de combustível: a gasolina podium, que pois demora mais a estragar.

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