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Palestras de abertura abordam temática Inteligência Artificial

A roda de conversas refletiu sobre aspectos tecnológicos e filosóficos do tema
por publicado: 18/11/2020 15h16 última modificação: 18/11/2020 15h16

Abordando os temas “Inteligência Artificial: Benefícios e Cuidados no Mundo Atual” e “Sobre seres humanos e máquinas: as (in)visíveis fronteiras técnicas, éticas e estéticas da(s) inteligência(s) no futuro do agora”, os professores Thiago Moura e Emmanoel Rufino realizaram a palestra de abertura da XV SECT.

A Roda de Conversa foi mediada pelo professor Leandro José Santos e trouxe reflexões importantes sobre a temática principal da Semana de Educação, Ciência e Tecnologia do IFPB Campus João Pessoa.

Como pesquisador da área de Inteligência Artificial – IA, o professor Thiago Moura comentou que a maioria das pessoas já teve contato com IA de alguma forma, já que ela está presente em softwares, redes sociais, carros autônomos e outros processos e equipamentos. “Uma gama de profissionais pesquisa e desenvolve IA como físicos, matemáticos, cientistas da computação. Toda grande empresa utiliza artifícios de IA em seus processos”, reforçou o docente.

A utilização da Inteligência Artificial é feita em vários campos do saber como saúde (em aplicativos de diagnósticos e outros equipamentos), robótica, computação, automação, línguas (aplicações de tradução automática de texto), entre outras.

O pesquisador ressaltou que o avanço da IA traz muitos benefícios, mas também têm alguns efeitos negativos como o crescimento do desemprego, por meio da atual forma de “industrialização”. “Mas acredito que o ser humano vai conseguir se adaptar. Mesmo com a evolução da IA, acredito que máquinas e seres humanos podem trabalhar juntos e no futuro essa relação será benéfica”, frisou.

Na perspectiva filosófica do assunto, o professor de Filosofia Emmanoel Rufino falou sobre as fronteiras técnicas, éticas e estéticas da inteligência artificial. Ele partir da reflexão de como aproveitar o potencial tecnológico para potencializar a comunicação e interação entre as pessoas e promover o aprendizado de um com o outro.

“Ainda existem fronteiras entre seres humanos e máquinas? Sim, mas elas estão cada vez mais próximas. Parece que muitas pessoas não conseguem viver ser estar conectados com as máquinas”, comentou. O docente destacou que a discussão sobre essas fronteiras parte do entendimento de é preciso articular a Técnica é a instância do como fazer; com a Ética, que é o que se deve fazer; e com a Estética é o como o que se faz toca (sensibiliza) os seres humanos.

“É urgente fazermos essa relação entre a técnica, ética e estética. Não basta saber o que fazer, mas o que devemos fazer, porque nossas criações podem ser potencialmente destrutivas. Até que ponto nós devemos avançar no que fazer com relação a técnica sem relacionar como o que devemos fazer, no aspecto da ética?”, indagou.

Emmanoel reforçou que pensar as possibilidades técnicas e seu desenvolvimento deve ser feito a partir da perspectiva ética, porque as máquinas podem copiar o que o ser humano faz, mas não conseguem copiar o que as pessoas sentem. “O caminho tem que ser para a valorização do humano, mesmo quando diminuímos as fronteiras com as máquinas”, completou.

Ao final os docentes responderam algumas perguntas enviadas pelos participantes por meio do chat e refletiram sobre como a IA pode ser usada de forma ética para ajudar a desenvolver a educação e outros campos do saber.

 

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