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Palestras sobre temáticas variadas refletem multiplicidade de saberes da XV SECT
O segundo dia da XV Semana de Educação, Ciência e Tecnologia continuou com a proposta de apresentar uma grande diversidade de saberes e reflexões. Dentre as várias atividades programadas para a manhã desta quinta-feira (19), foram ministradas palestras de diversos campos do conhecimento.
Na palestra “Habilidades profissionais essenciais: O que fica para trás e o que segue para o futuro?” o psicólogo Ricardo Gomes mostrou a importância de desenvolver algumas capacidades profissionais. Ele ressaltou que é fundamental se conhecer e ter um olhar positivo sobre as situações, buscando sempre ter gratidão.
Nessa busca pelo autoconhecimento, Ricardo reforçou que é importante desenvolver a autogestão e autorresponsabilidade. “Saber se gerir e responsabilizar pela sua caminhada. Sempre se pergunte o que você tem de bom, pois a grande maioria das pessoas não sabe responder isso. Anote dez coisas que você tem de bom e dez coisas que você realmente quer, porque nossa mente trabalha com clareza”, frisou.
O psicólogo também destacou que esse período de isolamento pode trazer alguns aprendizados como o desenvolvimento da habilidade de trabalhar sozinho, que é um dos maiores desafios. “As pessoas esperam os outros para fazer confirmação daquilo que podem fazer e isso cria dependência. A pandemia trouxe essa necessidade de trabalhar e ficar só e as pessoas precisam a aprender a se relacionar consigo mesmo, saber o que sentem e o que fazer com esses sentimentos”.
Educação em Tempos de Pandemia foi o tema da palestra do professor da UFPB Luiz de Souza Júnior que iniciou sua apresentação falando que a pandemia tem se configurado no grande desafio desta geração, que é superar essa crise humanitária. O docente frisou que os países que optaram por ter medidas mais restritivas e priorizaram a saúde e pessoas estão se recuperaram mais rápido economicamente.
“Um dos dilemas desse período foi saúde versos economia, o que deve ser priorizado”, comentou. O professor Luiz também ressaltou que o fechamento das escolas tem servido para evitar aglomerações e minimizar a transmissão do coronavírus, atitude adotada em todo o mundo. “Se pensarmos só Brasil, somos 50 milhões de pessoas entre professores e alunos da Educação Básica, ou seja, um quarto da população. Se não houvesse um fechamento das escolas a situação seria muito mais danosa. De certa maneira o fechamento das escolas ajudou a diminuir a circulação do vírus”, ponderou.
Para o docente, a questão do impacto desse fechamento das escolas para crianças, adolescentes e jovens deve ter o enfoque de como recuperar esse tempo perdido, principalmente porque as escolas não estão preparadas em termos de biossegurança. Por isso, para o professor o ideal seria voltar após a vacinação de toda a população. “Não temos condições de higienização das escolas em tempos pandêmicos. Isso necessita uma estrutura nova de investimento”, reforçou.
“O Brasil é um país muito desigual e isso se reflete na educação pública. A pandemia acelerou esse processo de desigualdade educacional, os alunos do Norte e Nordeste tiveram seu aprendizado comprometido por conta do precário acesso à internet e falta de equipamentos”, refletiu o docente. Ele também lembrou que nesse período a evasão escolar cresceu bastante.
“É preciso repensar o processo educativo nos próximos anos e como melhorar as condições de acesso para alunos da rede pública. O papel fundamental da educação não é meramente a transmissão de conhecimento. Ao receber as informações os alunos devem ser capazes depura-las, conecta-las e interpreta-las em favor da sociedade”, finalizou.
Abordando um assunto bem tecnológico, o professor da UFPB José Carlos de Oliveira Custódio ministrou a palestra Domótica, Inteligência Artificial e Empreendedorismo. Ele disse que a automação residencial começou impulsionada pela Internet das Coisas e é um campo que busca conforto (climatização e ambientação), comunicação (por meio dos assistentes virtuais), entretenimento (controle dos equipamentos) e dinamismo nas ações tarefas, segurança e eficiência energética.
A Domótica Inteligente por meio da Inteligência Artificial promove a interação com o usuário e é capaz de fazer o reconhecimento e análise dos padrões do usuário e buscar os assuntos de interesse do usuário. Para isso são desenvolvidos softwares, hardwares e e aplicativos. Alguns exemplos são os interruptores inteligentes, sensores de qualidade de ar e de piscina, além de outros dispositivos. “A integração da IA com a Domótica é um novo patamar não só fornece conforto, mas eficiência e segurança”, destacou o docente.
José Carlos ressaltou que além do bem-estar do usuário, essas tecnologias e ferramentas também promovem a inclusão. “Se há um assistente virtual, pode ser feita a leitura de um livro e ter acessibilidade aos equipamentos, por exemplo. Outro ponto importante que vem sendo utilizado é assistência ao idoso, tudo para facilitar nossa vida”, concluiu.
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