"Os Caminhos para as Olimpíadas Internacionais de Física” foi o título da palestra ministrada pelo professor Mário César Soares Xavier, da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), na tarde do dia 05 de dezembro, no anfiteatro do Campus João Pessoa. A atividade foi direcionada aos estudantes do 1º ao 3º ano do Ensino Técnico Integrado ao Médio.

Na ocasião, o professor Mário César, que também é membro dos Comitês Internacional e Nacional das Olimpíadas de Física (SOIF e OBF), vice-coordenador nacional da OBF e coordenador estadual da OBFEP, compartilhou informações sobre o percurso necessário para os estuantes conseguirem participar de Olimpíadas Internacionais de Física (OIFs).

A palestra abordou diversas competições, destacando a International Physics Olympiad (IPhO), a European Physics Olympiad (EuPhO) e a Ibero-American Physics Olympiad (OIbF). O professor enfatizou a importância dessas competições como um caminho que pode abrir portas para oportunidades acadêmicas e profissionais. “As olimpíadas internacionais são o topo da pirâmide dessas competições. Geralmente, um aluno olímpico que se destaca internacionalmente e conquista medalhas de ouro ou prata, tem acesso mais fácil a universidades fora do país como MIT, Oxford, Harvard, Caltech, Princeton.”, comentou.

César também abordou os desafios enfrentados pelos estudantes brasileiros na preparação para competições internacionais, destacando os impactos da pandemia: "Antes da pandemia tínhamos um aluno que frequentava as escolas e tinha um desempenho diferente do atual. Toda a sociedade foi afetada durante esse período, inclusive o Ensino Básico, Médio e Superior. Com isso, o aluno tem enfrentado muitos desafios na reconstrução de seu conhecimento porque uma coisa é estudar de forma presencial e outra on-line.”

O docente também destacou que a participação nessas competições pode enriquecer a perspectiva dos estudantes em relação à física e promover intercâmbio de conhecimento em âmbito internacional. "Geralmente, boa parte dos estudantes vai fazer física fora do país, geralmente fazem física e um curso de outra área como Computação ou Engenharia Elétrica”, disse.

Sobre o papel dos professores, o palestrante destacou a importância fundamental da orientação e do suporte durante o processo de preparação para as Olimpíadas de Física.  “Chegar a uma olimpíada internacional requer muito estudo e uma trajetória de quatro anos ininterruptos”, ressaltou.

Para os estudantes do 1.º ao 3.º ano que estão começando a se interessar por competições de física, Mário César recomendou recursos de estudo específicos: "Hoje em dia a gente tem alguns recursos importantes, o próprio material de alguns professores como Ivan Guilhon, professor do ITA que tem um canal no YouTube e comenta sobre a Olimpíada Internacional". Além disso, ele enfatizou a importância da prática experimental e como isso pode ser um diferencial nas competições.

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