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"Trânsitos Ancestrais: Caminhos para Educação Antirracista" é tema da 2ª edição do Novembro Negro

O evento foi aberto na manhã dessa sexta-feira (01/11)
por publicado: 01/11/2024 15h10 última modificação: 01/11/2024 15h10

O Campus João Pessoa deu início à 2ª edição do evento Novembro Negro, organizado pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI), com o tema "Trânsitos Ancestrais: Caminhos para Educação Antirracista". Durante o mês de novembro, o evento propõe discussões e atividades culturais focadas na construção de uma educação antirracista, com programação aberta ao público e inscrições disponíveis no link: https://www.even3.com.br/novembro_negro2024.

Estudantes e servidores participaram da abertura do evento. Gestores e representantes do campus destacaram a importância do Novembro Negro para a conscientização sobre o papel da educação na luta contra o racismo. O coordenador do NEABI, professor João Edson Rufino, reforçou o impacto da educação antirracista ao compartilhar sua trajetória pessoal como ex-aluno e atual professor do campus, ressaltando a importância de os estudantes levarem adiante esses conhecimentos para um futuro mais inclusivo.

O diretor de Desenvolvimento do Ensino, Rafael do Rego Barros, expressou o compromisso do NEABI em manter vivo o debate antirracista no campus. Para o diretor-geral do Campus João Pessoa, Ricardo José Ferreira, o evento reafirma a grandeza de uma educação transformadora que preserva a memória dos povos afro-brasileiros e indígenas e incentiva os estudantes a compartilharem o aprendizado adquirido.

Já o Pró-Reitor de Ensino, Neilor César dos Santos, reforçou a relevância das temáticas abordadas no Novembro Negro, defendendo uma educação pautada pelo respeito e inclusão. A Reitora do IFPB, Mary Roberta Meira Marinho, relembrou que, na sua época de estudante, a questão racial era pouco discutida e ressaltou o papel dos institutos federais como centros de igualdade e desenvolvimento social. Marinho destacou a criação dos institutos por um presidente negro e a importância de cotas raciais como um direito conquistado.

A programação da abertura também contou com a palestra da professora Catarina de Almeida, da Universidade de Brasília (UnB), com o título: “Políticas públicas para educação antirracista: desafios para a próxima década”. Ela enfatizou que a educação deve ser um direito universal e não um privilégio, reforçando a importância de efetivar leis que garantam o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena, como as Leis 10.639 e 11.645/08. Segundo Catarina, construir uma sociedade mais justa envolve, também, promover o conhecimento sobre as contribuições dos povos indígenas e negros para a formação do Brasil.

Durante o Novembro Negro, o IFPB Campus João Pessoa terá uma programação diversa, com palestras, seminários, rodas de conversa, conferências, exibições de filmes e mostras culturais. Haverá ainda atividades como shows musicais e degustação de comidas típicas, que buscam fortalecer a valorização da história e cultura afro-brasileira e indígena.

 

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