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Inovação: Campus João Pessoa tem dois novos registros de patentes

As pesquisas foram desenvolvidas pelos docentes José Artur Dias e Ulisses Targino
por publicado: 12/05/2022 10h43 última modificação: 12/05/2022 11h19

O termo Inovação em seu significado mais básico está relacionado a criação de algo novo ou a melhorias de algo já existente. Mas a inovação não precisa ser algo revolucionário ou genial, mas uma mudança ou ideia que facilite um processo de uma empresa, indústria ou o cotidiano das pessoas.

No Brasil, as instituições de ensino também desempenham um papel fundamental no desenvolvimento de pesquisa e inovação. A cada ano, o número de pesquisas e inovações produzidas no IFPB tem aumentado e isso se reflete na ampliação do registro de patentes da instituição.

As pesquisas empreendidas no Campus João Pessoa têm contribuído para que novos conhecimentos sejam produzidos. As duas últimas patentes registradas por pesquisadores do campus representam o potencial dos estudos empreendidos por docentes e estudantes.

A patente mais recente é fruto da pesquisa realizada pelo professor Ulisses Targino Bezerra. Intitulada “Sistema de Extensão de Vigas para Montagem de Estruturas Metálicas”, foi registrada em março desse ano. A ideia que motivou a criação do sistema foi a redução do tempo na montagem de estruturas metálicas na área de construção civil e, assim, também reduzir custos. O sistema poderá ser executado em obras de qualquer porte.

Fruto dos estudos e observação do trabalho em canteiros de obras, a pesquisa teve sua inovação reconhecida e seus direitos de propriedade intelectual registrados junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual-INPI.

“As pesquisas são momentos fotográficos do tempo. Mas a junção experiência/pesquisa/inovação, no tempo, leva, inexoravelmente, ao logus da transformação”, assim o professor Ulisses descreve de forma poética a importância da pesquisa científica.

O trabalho desenvolvido pelo professor José Artur Dias intitulado “Sistema de Geração de Energia Elétrica Monofásica Baseado em Máquina de Indução Trifásica Desequilibrada com um Capacitor de Minimização de Desequilíbrio e Conversor, de Três Braços de Chaves Duais, Conectado a Rede de Distribuição da Concessionária de Energia Elétrica”, teve o registro confirmado em julho de 2019. O docente conta que a ideia surgiu a partir dos estudos que realizou após a conclusão do seu doutorado (2012).

A pesquisa desenvolveu uma forma de geração elétrica (eletromecânica) que utiliza motor de indução e conversor de baixo custo. “O mérito do sistema é o baixo custo. Esse tipo de geração pode ser utilizado em geração eólica ou à combustão. Ainda não está na categoria de produto comercializável. Para chegar a um produto vários estudos deverão ser realizados, como: construção de um protótipo confiável, proteção, segurança para usuários e outros”, explica o professor Artur.

Por suas características, o sistema poderá ser utilizado em indústrias, já que a grande maioria dos motores industriais são de indução. Também poderá ser aplicado em sistemas de geração eletromecânicos, como turbinas eólicas, motores a combustão e máquinas que podem aproveitar o movimento biomecânico.

Para o docente José Artur Dias, que atua no IFPB desde 1993 e acompanhou diversas fases da instituição, o instituto “não só constrói a vida profissional de diversos alunos que por aqui passam, mas também constrói um patrimônio tecnológico em saberes e resultados. Isso é fundamental para transformar o estado da Paraíba num produtor de tecnologia”. Ele finaliza ressaltando que a tecnologia é um dos maiores fatores responsáveis pela produção de riquezas para uma região.

Já o professor Ulisses reforça que é preciso estimular e motivar os docentes do Campus João Pessoa a produzirem mais pesquisas e trabalhos que gerem mais conhecimentos e contribuam para uma distribuição de recursos mais justa. Para frisar a relevância da pesquisa e registro de patente das inovações produzidas, o docente elaborou o seguinte verso:

“Patentes servem para nações ricas protegerem suas invenções.

Patentes servem para nações pobres se protegerem de suas invenções.

As pesquisas do IFPB têm gerado patentes de autoproteção.

Está correto o papel socioeconômico do IFPB em defesa das nações.

Que venham mais pesquisadores de boa intenção!”

 

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