Industria 4.0 e as competências mais requeridas no mercado foi o título da palestra ministrada pelo professor Aléssio Almeida da UFPB, no segundo dia da XVII Semana de Educação, Ciência, Cultura e Tecnologia do IFPB Campus João Pessoa – SECT 2022. O docente frisou que atualmente o gerenciamento de dados tem um papel fundamental na economia e negócios. “Os dados estão mudando as formas de produção, o mercado de trabalho e os negócios no Brasil e no mundo”.

Almeida contextualizou as quatro grandes ondas da industrialização, que começou com a Indústria 1.0 marcada pela era máquinas movidas a vapor; a Indústria 2.0 que tinha como características a eletricidade e produção em massa; já a Indústria 3.0 marcada pela computação e automação; e a Indústria 4.0 que tem como pilares Inteligência Artificial-IA, Robótica, Internet das Coisas – IOT (sigla da expressão para Internet of Things) e Computação em Nuvem.

Segundo o docente, embora os serviços básicos do Brasil ainda não estejam completamente inseridos na Indústria 3.0, o mercado já exige que o profissional saiba trabalhar com dados com habilidades com: computação nas nuvens, análise estatística, arquitetura web e design e interface de usuário. Entre as profissões do futuro, Almeida apontou que as principais são: analistas e cientistas de dados; especialistas de Machine learning e IA; especialistas de BIG DATA; especialistas em Estratégia e Marketing Digital; especialistas de Processos de Automação; e gerentes de projetos.

“Não importa o curso, mas saber integrar esses conhecimentos ao hall de competências. Temos que nos atentar a essas mudanças, porque senão estaremos defasados e perderemos competitividade”, frisou o professor da UFPB. “Nesta era da economia digital os dados são os ativos mais valiosos para todas as organizações”, completou.

Em qualquer nível, seja na esfera pública ou privada, para o processo de tomada de decisão é necessário que se produzam dados e que esses dados sejam convertidos em informação, para que se possa gerar conhecimento. Almeida reforçou que na era da transformação digital, os dados são fundamentais para tomada de decisão.

Para exemplificar, o docente apresentou o aplicativo que desenvolveu “Preço da Hora”, que faz pesquisa de preço a partir dos dados das notas fiscais dos estabelecimentos locais, servindo como buscador de preço, ferramenta comumente usada no comércio digital. Atualmente o aplicativo já conta com 650 mil usuários.

Treinamento para Atletas nas Paralimpíadas

A palestra ministrada pelo técnico Pedro de Almeida Pereira, docente da UFPB foi outra atividade que chamou bastante atenção dos participantes da XVII SECT. Certificado como Treinador de Atletismo Nível III pela World Arhletics e Confederação Paralímpica Brasileira-CPB, Pedrinho (como é mais conhecido) trabalha com atletismo há 46 anos, já desempenhou a função de roupeiro, atleta, assistente técnico até se tornar treinador.

Pedrinho afirmou que se sente privilegiado e que soube aproveitar as oportunidades que apareceram ao longo de sua trajetória. O treinador contou que por ser oriundo de escola pública e ter origem humilde, buscou desenvolver projetos que envolvessem alunos de escola públicas e de comunidades em situação vulnerabilidade social. “Idealizei projetos de formação de atleta escolar para possibilitar aos alunos de escola pública que não tinham equipamentos a oportunidade de e tornarem atletas”, contou.

O treinador costumava ir para escolas públicas e comunidades fazer testes para identificar potenciais atletas. E os resultados do trabalho foram aparecendo como a atleta Jailma Sales de Lima, atleta paraibana que já participou de três olimpíadas. Outros atletas revelados pelo técnico foram: Basílio de Morais, Andressa Oliveira, Cícero Valdiran, entre outros.

Pedrinho disse que foi o professor Jailton que o apresentou ao Atletismo Paraolímpico, ao fazê-lo treinar o paratleta Fernando Felipe, que é deficiente visual. “Foi uma das experiências mais desafiadoras”, frisou ao contar que uma das maiores dificuldades foi adaptar a linguagem para apresentar os meios e metodologias dos treinos, mas que foi uma experiência enriquecedora.

Para o treinador o atletismo Paraolímpico se diferencia muito de outros esportes de alto rendimento porque traz muitas possibilidades e pode ser praticado em diversas faixa etárias, algo praticamente impossível em outras modalidades.

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