Você está aqui: Página Inicial > Notícias > 2016 > 08 > Extensionistas do IFPB defendem o Pico do Jabre

Noticia

Extensionistas do IFPB defendem o Pico do Jabre

Área localizada na Serra de Teixeira sofre impacto ambiental
por publicado: 04/08/2016 08h55 última modificação: 04/08/2016 08h55

A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc) do IFPB está articulando servidores da instituição, com perfil extensionista, para integrar uma campanha em defesa da preservação ambiental do Pico do Jabre. A Pró-reitora Vania Medeiros, em recente visita de reconhecimento ao local, foi surpreendida com uma solicitação de apoio por parte da Coordenadora do Museu de Curiosidades Arlindo Dantas Monteiro, localizado no Casarão do Jabre, Dalvanete Dantas, para integrar a referida campanha de preservação do Pico do Jabre.

A área, além de ser uma referência turística paraibana bastante valorizada, também se destaca por ser o ponto culminante do Estado da Paraíba, medindo 1.197 metros de altitude, localizado na Serra de Teixeira, mais precisamente no município de Maturéia. Apesar da sua importância para a região do semiárido nordestino, o Pico do Jabre encontra-se sob um forte impacto ambiental gerado pela ocupação da área pelas antenas transmissoras de sinais das empresas de telecomunicações. Ao todo já são 13 antenas instaladas no cume do Jabre, alterando a paisagem e deteriorando o meio ambiente.

A região do Pico do Jabre foi reconhecida como Unidade de Preservação no ano de 1992, através do decreto número 14.834. Em 2002, um outro decreto do executivo paraibano desapropriou uma extensa faixa de terra na área, medindo mais de 851 hectares, para a instalação do Parque Ecológico Pico do Jabre. Na época, foi estipulado o valor das indenizações que os proprietários de glebas deveriam receber. No entanto, novamente, o projeto teve solução de continuidade, e o impasse permanece sem encaminhamento satisfatório.

A região é bem visitada por turistas de vários estados brasileiros que querem conhecer o acidente geográfico natural do Pico do Jabre. Atualmente, alguns habitantes da localidade se organizaram em torno da Associação de Condutores de Turismo do Pico do Jabre, cuja sede funciona no Casarão do Jabre, para atender às demandas das visitações e explorações científicas na área. Eles conduzem os turistas por uma trilha natural repleta de obstáculo que é uma excelente oportunidade para se exercitar em turismo radical.

A área também é reconhecida pela riqueza do ecossistema do bioma da caatinga nordestina. O ambiente é polo de pesquisas cientificas de diversas universidades da região. Por outro lado, os ambientalistas estão preocupados com o aumento do impacto na área por falta de manejo adequado que, cada vez mais, impacta a natureza.

Há também muita preocupação com o aumento da violência na região, o que está afastando os turistas e agravando, ainda mais, as dificuldades, além daquelas provocadas pelos efeitos de uma estiagem de mais de cinco anos.

Em reunião com a professora Vania Medeiros, a coordenadora do Museu de Curiosidades solicitou uma representação do IFPB, no Fórum que terá sua segunda reunião no dia 11 de setembro, com o objetivo de aprofundar as discussões sobre a questão da implantação do Parque Ecológico Pico do Jabre, bem como as necessidades de intervenções na área visando a preservação ambiental. A professora está em contato com extensionistas dos Campi de Campina Grande, Patos e Princesa Isabel, para formar uma comissão de apoio à luta pela criação efetiva do referido Parque Ecológico, no município de Maturéia.

A campanha já conta com o apoio do Pastor John Medcraft, de Patos, e do Ministério Público da Paraíba; além de professores da UFCG, UFPB, do IFPB, e de entidades e ONGs locais. Os ativistas do movimento pretendem intensificar os trabalhos com ações para sensibilizar o Governador do Estado da Paraíba, para dar uma solução definitiva ao problema.


-Crisvalter Medeiros, Jornalista

registrado em: