O Instituto Federal da Paraíba está discutindo com segmentos da comunidade institucional a possibilidade de mudanças na forma de receber estudantes para os seus cursos através do Processo Seletivo dos Cursos Técnicos, o PSCT. Três modos de seleção de ingresso dos alunos estão sendo avaliados: realização de prova, sorteio ou análise do histórico escolar.

Nesta terça-feira (02) aconteceu no auditório da reitoria a primeira reunião aberta que discutiu os caminhos que o IFPB pretende adotar na forma de seleção para ingresso dos alunos dos cursos técnicos integrado e subsequente. Participaram o diretor de Educação Profissional, Degmar dos Anjos, Pró-Reitora de Ensino, Mary Roberta Meira Marinho, Pró-Reitor de Assuntos Estudantis, Manoel Macedo, diretor de Educação Superior, Geísio Vieira e a presidente da Compec, Lígia Cabral, juntamente com representantes da Funetec, dos Grêmios Estudantis, Sindicato e da diretoria de Articulação Pedagógica.

O diretor de Educação Profissional, Degmar dos Anjos, explicou que desde o inicio do ano vêm sendo feito estudos e encontros setoriais para a melhoria da qualidade do processo seletivo na instituição. Ele mostrou um quadro comparativo do PSCT realizado nos Campi de Patos, Mangabeira, Cabedelo-Centro e Cabedelo onde o ingresso de alunos se deu através da realização de prova, sorteio e análise do histórico escolar. “A conclusão dos dados aponta para um aumento na procura de alunos quando foi aplicada a análise curricular” disse.

Segundo a presidente da Compec, Lígia Cabral, o ingresso de alunos através da aplicação de prova é um modelo dispendioso que chega a custar para os cofres do Instituto cerca de R$500 mil reais por cada processo seletivo, apesar da cobrança da taxa de inscrição.

A proposta apresentada na reunião tem as seguintes características: tornar o processo seletivo totalmente gratuito, ampliar o número de participação de candidatos, aproveitar conhecimentos avaliados através da vida escolar, tornar o processo mais ágil e prático por meio de um novo sistema e realizar dois processos por ano para os cursos subsequentes.

A Pró-Reitora de Ensino, Mary Roberta, lembrou que “a seleção baseada no sorteio não é bem vista pelo Ministério Público e gera alguns questionamentos”. Ela disse ainda que a análise que está sendo feita no PSCT deve combater também o problema da evasão escolar.

Para Wéverton Correia, presidente da Associação Estudantil de Grêmios Técnicos, a reunião foi bastante produtiva. “Eu acho que só temos a ganhar com este novo modo de processo seletivo, vamos poder incluir mais pessoas de forma mais justa e democrática que é o papel de nossa instituição”.

Nesta quarta e quinta-feira o assunto volta a ser discutido desta vez junto a diretores de ensino no Campus Campina Grande. Outro encontro está marcado com pedagogos e técnicos em assuntos educacionais no período de 15 a 17 deste mês em João Pessoa. “Após essa terceira reunião é que teremos a definição de qual modelo o IFPB adotará, mas o caminho se aponta para a seleção por análise de histórico escolar, modelo este já adotado por outros Institutos Federais” finalizou Degmar.

-Heranir Oliveira- da Diretoria Geral de Comunicação e Marketing