Pouco antes da solenidade de abertura do Programa Reitoria Itinerante em Picuí, na tarde desta quarta-feira (14), o Instituto Federal da Paraíba assinou termo de cooperação, estabelecendo parceria com o Instituto Nacional do Semiárido (INSA), Unidade de Pesquisa integrante do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com enfoque no Semiárido brasileiro. 

De acordo com Salomão de Sousa Medeiros, representante do INSA, o termo de cooperação tem como objetivo unir os esforços entre as instituições com o propósito de desenvolver pesquisas colaborativas na área de formação de recursos humanos, especialmente em temas como a desertificação, agroecologia e conservação de raças nativas.

Para ele, este momento oficializa um trabalho que o INSA e o IFPB já vêm realizando, interagindo com vários campi da Instituição, como Picuí, Sousa, Princesa Isabel, Itaporanga e Monteiro, que promoverá a Semana de Ciência e Tecnologia até o final do ano, fruto dessa parceria. “Este termo de cooperação é um guarda-chuva para várias ações na área da pesquisa. O termo permite que qualquer Campus do IFPB possa trabalhar algum tema de interesse no âmbito do INSA”, explicou Salomão Medeiros.    

Para o Reitor do IFPB, Nicácio Lopes, “é com imensa satisfação que nós destacamos o papel que tem o INSA na prospecção de ações factíveis para fazer prevalecer a sustentabilidade ambiental, para criar mecanismos através da pesquisa aplicada, que busquem uma melhor condição de vida das nossas populações interioranas, as que convivem com o bioma da caatinga”.

De acordo com o Reitor do IFPB, hoje pensadores, estudiosos e governantes se angustiam com o atual cenário ambiental. “Nós temos observado o convívio angustiante do homem do campo com a insegurança hídrica, que beira o colapso em algumas localidades. Temos observado que precisa haver, hoje mais do que nunca, uma consciência do homem em relação à premência da sustentabilidade”, frisou.

O Reitor Nicácio Lopes lembrou que houve um tempo em que o convívio com o meio ambiente era um pouco negligenciado, as pessoas não tinham tanta consciência da situação. “O homem não tinha muita noção de que os recursos naturais são exauríveis e de que o ser humano precisa criar mecanismos de sobrevivência harmoniosa com o seu espaço, com as condições climáticas e hídricas”, afirmou.

Para ele, o termo de cooperação que está sendo firmado é uma oportunidade de potencializar estudos que estejam focados na dinamização desse traço de convivência humana com o espaço ambiental. “O INSA tem sido um grande parceiro do IFPB. Nós temos intensificado esta relação interinstitucional, pois hoje – mais do que nunca – se impõe a bilateralidade, a união e a conjunção de esforços, objetivando a aplicação dos recursos públicos, que passam por um momento de dificuldade, por conta da retração econômica, para que nós possamos enfrentar os grandes desafios”, ressaltou o Reitor Nicácio Lopes.

Neste momento, o termo de cooperação vai permitir que em dois projetos haja o envolvimento de carca de 40 estudantes e 20 profissionais dos Campi de Picuí e Sousa, que promoverão a pesquisa nas áreas da desertificação do semirárido paraibano e da qualificação e revitalização da palma forrageira. A solenidade de assinatura do termo de cooperação também contou com as presenças da Pró-Reitora de Pesquisa, Francilda Araújo, e do diretor-geral do Campus Picuí, Luciano Pacelli.

*Gustavo Rodrigues e Filipe Donner (Jornalistas).