Ações integradas de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica  também estão sendo debatidas durante o Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação (Connepi), que acontece até esta sexta-feira (09), em Maceió – Alagoas.

Além da reunião com coordenadores dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT´s) da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, Regiões Norte e Nordeste, realizada na última quinta-feira (08), as discussões sobre Inovação Tecnológica foram destaque também em duas mesas-redondas.

A mesa-redonda intitulada “Políticas estruturantes de inovação – Caminhos para uma nova identidade da Rede Federal de Ensino”, mediada pelo Assessor Especial do Núcleo Estruturante de Políticas de Inovação da Rede, Alcides Militão, contou com a participação da secretária de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC) do Ministério da Educação, Eline Neves; do diretor de Desenvolvimento da Rede Federal, Romero Raposo; e do assessor Estratégico no Núcleo Estruturante da Política de Inovação da SETEC, Paulo Leão.

Segundo Romero Raposo, o tema inovação vem sendo tratado como prioridade pela SETEC. “Nosso maior objetivo, hoje, é realizar uma melhor comunicação e uma maior aproximação com os setores produtivos, sejam eles agropecuário, industrial ou empreendedor; a fim de desenvolver políticas possibilitando uma visão holística, envolvendo os Institutos Federais, promovendo pesquisas práticas que solucionem os problemas destes setores”, ressaltou o diretor. Ainda de acordo com ele, a propriedade intelectual também é foco das ações da SETEC. “Outra proposta que temos é proteger nossas invenções, através da propriedade intelectual, difundindo essa prática por todas as instituições que compõem a Rede Federal. Nossa perspectiva, portanto, é aprimorar e criar novos programas e projetos na área da inovação tecnológica”, finalizou.   

“Políticas de Inovação nos Núcleos de Inovação Tecnológicas dos Institutos Federais” foi o tema da mesa-redonda moderada pela professora Cristina Maria Quintella, da Universidade Federal da Bahia; com a participação de André Luiz Araújo, do Instituto Federal do Ceará; e de Tadeu Pissinati, do Instituto Federal do Espírito Santo.

Para André Luiz Araújo, o Connepi está sendo uma grande oportunidade para debater a situação da inovação no contexto atual. “É uma discussão bastante importante sobre as políticas de inovação tecnológica para os Institutos Federais, no contexto em que nos encontramos de desconstrução da marca IF. Um contexto onde os recursos estão cada vez menores. Então nós necessitamos, mais do que nunca, descobrir novos mecanismos para sobreviver a essa nova era. Este evento está sendo um espaço importante de discussão sobre essa nova realidade”, afirmou.

Na avaliação de Cristina Quintella, o Connepi está de parabéns ao privilegiar, em sua estrutura de programação, a inovação. “Presenciamos, aqui, diversas mostras na área, como as experiências dos polos de inovação Instituto Fluminense, de Minas Gerais e de Sergipe. Trabalhos ligados a diversos temas, que abrangem desde a inovação técnica até a inovação social. Isto é uma coisa rara no Brasil e também em outros países: uma cobertura de contato direto com a sociedade, que possibilitará melhorias nas condições de vida de todos”, ressaltou a professora.

Já Tadeu Pissinati destacou que a inovação está na veia da organização do Connepi desde a primeira edição do evento. “Os institutos Federais e as demais instituições que formam a Rede possuem como farol um modelo de universidade empreendedora e de apoio à inovação. Este conceito de instituição vem sendo colocado no mundo por teóricos de vários países. Então temos essas duas vertentes articuladas com o Ensino, a Pesquisa e Extensão, num currículo que integra todas essas atividades, cumprindo a missão da rede”. 

Verônica Rufino