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Reunião orienta equipe gestora sobre limitações de despesas
O ano de 2017 não tem sido fácil para os gestores que lidam com o orçamento e o financeiro das instituições de ensino vinculadas ao Ministério da Educação (MEC). O primeiro trimestre vem sendo marcado pela limitação na emissão de empenho mensal para pagamento de despesas discricionárias a 1/18 avos do total previsto para o ano, fato esse ainda não vivenciado pela atual gestão do IFPB.
Comparando esse primeiro trimestre de 2017 com o mesmo período do ano anterior, houve redução de 17,23% na emissão de empenho. O orçamento de custeio do IFPB é da ordem de R$ 70 milhões, o de investimento é de R$ 9,9 milhões, para Assistência Estudantil são destinados R$ 13,4 milhões e para capacitação R$ 1,8 milhão. O total do orçamento destinado ao IFPB é da ordem de R$ 450 milhões, reunindo custeio, capital e pessoal.
Considerando o panorama de incertezas da conjuntura econômica nacional e essa limitação de empenho imposta pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), a Pró-Reitoria de Administração e Finanças do IFPB convocou diretores-gerais e diretores sistêmicos, responsáveis pelas pastas vinculadas as receitas e as despesas nos campi, para uma avaliação dos reflexos da crise.
O encontro aconteceu nessa segunda-feira (03) e terça-feira (04) no Campus Campina Grande e contou com a participação do reitor Nicácio Lopes que logo na abertura foi enfático ao afirmar que “a saída é apertar o cinto” enquanto princípio norteador para superar esses tempos de instabilidade.
A figura empregada pelo reitor ratifica orientações contundentes da atual gestão sobre gastos no âmbito do IFPB. O professor Nicácio afirmou que a Reitoria não poderá socorrer os campi que negligenciarem o planejamento e a aplicação dos recursos pertinentes ao orçamento de 2017.
Para Nicácio, a solução é estabelecer prioridades de gastos e segurar a execução orçamentária. Esse é esforço bem mais amplo que atinge toda a Rede Federal. Nos últimos meses, a Pró-Reitoria de Administração e Finanças reduziu o número de diárias e passagens aéreas, devendo diminuir ainda mais viagens e carros funcionais para gestores.
"Não estamos neste evento para lamentar a crise econômica brasileira e oferecer uma palavra vã, mas para apontar saída frente às limitações orçamentárias que nos afligem", afirmou Nicácio Lopes. O reitor do IFPB, desde o início da gestão, vem "cortando a própria carne" para oferecer um bom exemplo. Um deles foi o corte de viagens internacionais, agendadas para os reitores da Rede Federal.
Desde que assumiu o reitorado não empreendeu viagem de visita nem mesmo às universidades conveniadas e muito menos as instituições prospectivas de boas parcerias. "Nem por isso deixamos de investir na internacionalização do Instituto Federal da Paraíba e no aperfeiçoamento de docentes e técnicos (mestrado e doutorado)", disse o reitor, ao mostrar que o IFPB, vem mantendo uma agenda viva de negócios na Finlândia, Estados Unidos e Portugal, dentre outros países pelo mundo afora.
O Pró-reitor de Administração Marcos Vicente reitera a intenção do evento em orientar para preservar a continuidade da atividade-fim do IFPB. “Evento como esse, realizado com um pequeno esforço, está sendo programado com o propósito nobre de buscar saída em conjunto com os gestores para não comprometer, a despeito dos expressivos cortes orçamentários, as nossas atividades essenciais, que tanto o reitor Nicácio vem preconizando em nossa gestão, ou seja, acima de tudo, as atividades finalísticas”.
Filipe Donner – diretor geral de Comunicação e Marketing do IFPB