Estabelecer uma conexão entre os saberes acadêmicos e os saberes populares é uma das proposições das atividades de extensão nos Institutos Federais. Através de programas e projetos, diferentes segmentos são atendidos pelas instituições, que efetivam, assim, seu compromisso social.

A apresentação deste trabalho e os debates sobre os principais temas que refletem a extensão nos campi da Rede Federal foram o cerne da Mostra de Extensão e Cultura, realizado de 21 a 23 de novembro, no Centro de Convenções de João Pessoa, como evento paralelo à Reditec 2017.

Além da exposição dos programas e projetos de referência na Rede, a Mostra reuniu apresentações culturais, Rodas de Conversa e a Feira Criativa, com trabalhos voltados à Educação, Meio Ambiente, Empreendedorismo, Saúde e Inclusão Social.

Elienir Fidelis é aluna do Campus João Pessoa, do Instituto Federal da Paraíba, organizador da Mostra. Pela primeira vez atuando como voluntária na área de extensão, a estudante relata a experiência vivida ao longo dos três dias de evento. “Além do trabalho de organização dos estandes, a gente acaba aprendendo como falar e se comportar em público, e ainda conhece projetos fantásticos dos outros institutos. É uma responsabilidade grande, mas também é muito gratificante”, disse.

Rodolfo Rangel é diretor de Extensão Tecnológica do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) e um dos expositores do evento. “Está tudo muito organizado, uma estrutura fantástica, onde podemos compartilhar experiências na área e nos integrar mais”, avaliou o professor. No estande do IFES, foram apresentados os 13 núcleos que compõem o Programa em Rede de Incubação promovido pela instituição.

O coordenador do Fórum de Pró-Reitores de Extensão, Wilson Matos, acredita que a Mostra deve ser inserida no calendário institucional do Conif. “A realização deste evento deve servir de paradigma para outros institutos da Rede Federal. O IFPB está de parabéns!”, complementou.

Já a pró-reitora de Extensão do instituto paraibano, Vania Medeiros, destacou as linhas de política vivenciadas no evento. “Tivemos espaço para o empreendedorismo, onde grupos produtivos mostraram seu trabalho; tivemos ainda demonstrações das tecnologias sociais, que garantem o que a Lei determina no que concerne ao acesso às tecnologias simples e sustentáveis a toda população; ações na rede de educação pública nos municípios; e a ênfase na vocação junto aos arranjos culturais, valorizando atividades de grupos que refletem nossa identidade”, refletiu. Ainda de acordo com a pró-reitora, “a Paraíba tomou uma posição considerável na realização deste evento pararelo à Reditec, possibilitando intercâmbios mais sustentáveis e possibilitando um olhar mais focado na extensão dos campi”.

*Verônica Rufino