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Reitores reúnem-se e definem ações contra bloqueio de recursos

Para os reitores, caso se efetive o corte de recursos, as instituições só funcionam até setembro
por Gustavo Rodrigues publicado: 16/05/2019 17h17 última modificação: 17/05/2019 09h31

Os reitores das instituições públicas federais de ensino superior da Paraíba reuniram-se na tarde desta quinta-feira (16) no gabinete da reitoria do IFPB para tratar sobre os bloqueios de recursos para a educação anunciado pelo Ministério da Educação (MEC). Estavam presentes os reitores do IFPB, Nicácio Lopes; da UFPB, Margareth Diniz; e da UFCG, Vicemário Simões, além de todos os pró-reitores do IFPB.

DSC_0067.JPGO Reitor Nicácio Lopes abriu a reunião expondo a situação do contingenciamento de recursos e agradecendo a mobilização dos reitores no enfrentamento dessa conjuntura. “A ideia deste fórum é unificar esforços para dar mais visibilidade às ações de mobilização contra o bloqueio de recursos para a educação”, afirmou.

Para o Reitor da UFCG, Vicemário Simões, o movimento em defesa da educação pública que se viu no País foi uma demonstração de que a sociedade brasileira amadureceu. “Precisamos contar com o apoio da sociedade civil organizada em defesa da educação pública brasileira em todos os seus níveis para reverter essa situação e evitar esse bloqueio de recursos”, ressaltou.

De acordo com a reitora da UFPB, Margareth Diniz, este é um momento de fortalecimento porque as instituições estão em sintonia com a sociedade na defesa da educação pública. Para ela, é preciso esclarecer como é composto o orçamento das instituições públicas de educação para mostrar que o bloqueio efetuado inviabiliza o dia-a-dia das universidades.

A reitora da UFPB afirmou que nesta reunião ficou definido que os reitores vão entregar um documento ao Ministério Público demonstrando de fato onde aconteceram os cortes, ou seja, nos recursos discricionários, que são recursos que tratam das contas de energia, de água, terceirização, das bolsas de iniciação científica, monitoria, de extensão e estágio. “Na UFPB, se os cortes não forem revertidos, no final de setembro nós não temos como continuar com as atividades da instituição”, frisou a Reitora Margareth.

Para o reitor do IFPB, Nicácio Lopes, a situação do IFPB é análoga. “Caso os cortes sejam mantidos, só poderemos continuar a funcionar até o mês de setembro. No entanto, tenho convicção de que, com muita luta, haveremos de reverter este cenário,” finalizou o reitor.