O maior desastre socioambiental do litoral brasileiro envolvendo óleo foi um dos temas discutidos na última mesa-redonda do Simpósio de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação (SIMPIF) do IFPB. O objetivo, segundo o professor Cláudio Dybas, mediador da mesa, foi demonstrar o ponto de vista de gestores e pesquisadores sobre o contexto, situação atual, consequências e perspectivas do desastre.

Durante o evento, o Capitão dos Portos da Paraíba, Rodrigo Godoy, contextualizou o desastre, informando as ações atuais da Marinha do Brasil sobre o derramamento. “A Paraíba foi o primeiro Estado onde foi detectado o óleo e foi privilegiado diante da situação dos demais, como Pernambuco e Alagoas. Nossas ações atuais, diante do desaparecimento das manchas, se concentram no monitoramento e na formação dos pescadores, nossos principais soldados, sobre como proceder diante de desastres como este”. Ainda de acordo com o Capitão, a colaboração e a comunicação eficiente, aliados à integração com instituições acadêmicas, como o IFPB, são essenciais no combate e controle da situação.

Já o professor do Campus Cabedelo Centro, Marcéu Adissi, enfatizou a participação do Instituto neste processo. “Acidentes como este geram novos meios e novos procedimentos. É muito difícil atuar diante de situações imprevisíveis como esta. Então esse acidente, que gerou novos procedimentos, novos materiais, também pode gerar novas possibilidades de pesquisa, como, por exemplo, o desenvolvimento de radares que detectam esse tipo de óleo e etc. É muito importante o IFPB atuar nesse momento, demonstrando seu potencial em pesquisa”.

 Além do capitão Godoy e do professor Marcéu, participaram das discussões: o diretor superintendente da Sudema, Anníbal Peixoto; o representante do ICMBio, Ely Enéas; o secretário de Pesca da Paraíba, Jerônimo Arlindo; o representante do Instituto Projeto Público,  Daniel Macedo; e o professor do Campus João Pessoa, Alexandre D´Andréa.

 Texto: Verônica Rufino/ Fotos: Thailiná Ferreira