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Dois projetos do IFPB estão aprovados em edital do Conif
Dois projetos do Instituto Federal da Paraíba foram aprovados em Edital do Conif que visa o enfrentamento à Covid-19. Acesse aqui o Resultado Preliminar do Edital 01/2020 do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.
Ao todo são 47 propostas pré-selecionadas. Há um prazo de recursos nos dias 13 e 14 de maio e o resultado final deve sair na sexta, 15 de maio. Essa listagem está prevista para ser enviada à Secretaria de Educação Profissional Científica e Tecnológica (Setec) do MEC, responsável pela descentralização dos recursos de mais de R$ 6 milhões.
A Pró-Reitora de Pesquisa Inovação e Pós-Graduação do IFPB, Silvana Cunha, comemorou o resultado alcançado já que foram enviadas 136 propostas de toda a Rede Federal. O IFPB enviou três propostas de pesquisa e extensão, envolvendo também seleção da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc) e duas estão aprovadas. O projeto “UV–Corona, Equipamento Germicida UV-C Portátil” está em primeiro lugar entre 96 propostas homologadas, após análise preliminar.
O objetivo do projeto é construir e testar protótipos portáteis do UV-Corona (Equipamento Germicida UV-C Portátil), que possibilita emitir altas doses de luz ultravioleta UV-C comprovadamente germicida, contribuindo para a desinfecção, prioritariamente, de objetos, superfícies e ambientes de hospitais que estão atuando no combate à pandemia da Covid-19. O coordenador do Projeto é o professor Francisco Fechine, do Campus João Pessoa.
Além dele, estão participando da proposta os estudantes dos cursos técnicos de Eletrotécnica, Melquisedeque Gomes e de Eletrônica, José Elias de Souza. Fechine deve selecionar ainda estudantes dos cursos de Engenharia Elétrica e Engenharia Mecânica, para se juntar à empreitada que tem um prazo de quatro meses para execução. A proposta conta com parceria de Sebastião dos Santos, do Serta, Serviço de Tecnologias Alternativas e de Flávio Melo, da Associação Lets. Devem ser construídos cinco dispositivos, cujo custo individual deve ser inferior a R$ 1 mil.
Após a construção no IFPB, os protótipos serão testados em ambientes sujeitos a contaminação por coronavírus e outros patógenos, avaliando seu desempenho por meio de testes indiretos (bacteriológicos) e diretos (viabilidade viral). Segundo Fechine, deve ser feito contato com hospitais para o teste do equipamento. Além disso, a proposta é o seu uso em ambientes de circulação de muitas pessoas, em fases posteriores, inclusive quando o isolamento social começar a diminuir. É algo pensado para o cotidiano pós-pandemia. “O equipamento pode ser utilizado nas catracas de entrada, em laboratórios de Informática. A estimativa é que a exposição seja entre 30 segundos e cinco minutos para um resultado desejado de desinfecção”, explica o docente que atualmente desenvolve projetos no Laboratório Assert e no Polo de Inovação. O orçamento do projeto é de R$ 105 mil.
O segundo projeto que está na lista do Conif é o “Spray Stop Coronavírus: Um Túnel de Desinfecção, com medição de temperatura corpórea e autodiagnostico dos equipamentos”. A coordenação é do docente Frederico Campos, assessor do IFPB em Pedras de Fogo. “É um projeto interdisciplinar junto aos professores Nelson Oliveira, do Campus Esperança, Thyago Silveira, de Cabedelo, Francisco Fechine, de João Pessoa, e os professores de Informática de Pedras de Fogo, Louise Gomes, Giulliana Lacerda e Anderson Soares. Trata-se de um sistema de higienização do corpo que afere a temperatura corpórea, simultaneamente, promovendo o autodiagnóstico dos equipamentos".
O túnel consistiria em uma estrutura de hastes de metal, coberto com plástico com 20 mm de gramatura, de aproximadamente 2,5 metros de altura, 2,5 m de largura e 4 m de comprimento. A ideia é que as pessoas caminhem por ele enquanto um produto para desinfecção é pulverizado. O produto deve desestabilizar a estrutura do Covid–19 e ser aprovado por órgãos de saúde. Os sapatos também são desinfetados. Existirão sensores de para contar as pessoas e indicar o quantitativo de produtos e a necessidade de reabastecimento. Segundo a equipe, esse equipamento poderia ser instalado nos acessos a estabelecimentos de saúde. O orçamento é de R$ 68 mil.
“A inovação do projeto é que se trata de um túnel inteligente, automatizado. Fizemos uma pesquisa e não tem nada disso no mercado. Aprovamos 10 unidades desses túneis, a gente vai eleger campi que têm um volume grande de pessoas e alguns equipamentos de saúde de cidades próximas a Pedras de Fogo, como Juripiranga e Itambé, que são parceiros nossos”, comentou Frederico. Na equipe, há ainda três estudantes, Antonio Soares, Rayssa Santos e Rian Nascimento.