A sanção da Lei Orçamentária Anual de 2021 pelo Governo Federal, nas últimas semanas, foi o principal assunto da 31ª reunião orçamentária do Colégio de Dirigentes do IFPB, realizada nesta sexta-feira (30), por meio de webconferência. A sessão contou com a participação além dos membros do colegiado, dos diretores administrativos dos campi.

O primeiro momento da reunião foi uma exposição do Pró-Reitor de Administração e Finanças Pablo Andrey Arruda sobre o percurso do orçamento público de 2021 desde a sua proposta inicial constante no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), passando pela aprovação do congresso nacional e finalizando com a sanção presidencial, que foi publicada no DOU em 23 de abril. Pablo explicou como se dá a criação da LOA no âmbito do poder executivo e informou sobre os cortes e bloqueio feito no congresso, que representa um valor de 20% a menos comparado com 2020. “Não estamos vivendo uma situação fácil. Fazendo uma análise dos números, podemos ver que é a fase mais difícil que a rede atravessou ao longo de seus 12 anos de criação, mas vamos usar toda nossa habilidade para fazer uma gestão eficiente desse orçamento”, disse Pablo.

O segundo momento da reunião foi marcado pela explanação da situação orçamentária do campus Sousa, que tem particularidades por ser um campus na área agrotécnica com demandas específicas para o trato com os animais. O Diretor Geral Francisco Cicupira fez um resgate sobre a história do campus e sua criação na década de 1950. Com um modelo ainda oriundo das escolas agrícolas, Chiquinho explicou que tem uma estrutura que exige despesas maiores. “Lidamos com a vida animal, que exige ações diferenciadas como a compra de rações, de medicamentos, profissionais específicos. Estamos com dificuldades para realizar pagamentos, mas a resiliência nos faz trabalhar diuturnamente e estrategicamente para a sobrevivência. Nossa situação orçamentária compromete a perspectiva de futuro da instituição”, declarou o diretor.

A exposição do diretor Francisco Cicupira foi acompanhada da explanação técnica do Diretor Administrativo Francisco Jarismar de Oliviera e do Coordenador Antônio Firmino da Silva que apresentaram os números, o orçamento e os elementos de despesa do Campus Sousa. “Por meio desse resgate histórico e trajetória orçamentária de 2015 até agora, pode-se observar que mantemos a mesma estrutura e dinâmica de escola agrotécnica e absolvemos outras atividades incorporadas quando nos transformamos em IFPB. Temos hoje uma expressiva perda acumulada em torno de R$4 milhões. De acordo com Antônio Firmino, “a previsão de despesas para 2021 (ano de pandemia) é de R$ 3.735.390,68. Assim, neste ano de 2021, comparado com 2020, nosso déficit seria de R$ 1.782.818,00.

O Reitor Nicácio Lopes reiterou que tem como premissa a gestão democrática e transparente no IFPB, além de adotar uma visão estratégica em rede. “Somos um sistema, se um campus não vai bem, o IFPB como um todo também não vai”, disse. Diante da situação apresentada pelo campus Sousa, foi deliberada a constituição de uma comissão que irá realizar um estudo detalhado sobre o orçamento da unidade e por meio da análise da conjuntura irá propor ações e recomendações para solucionar os problemas.

A comissão será composta por: Pró-Reitor Pablo Arruda, Diretora de Orçamento Taciana Cunha, Diretor do Campus Campina Grande Albino Nunes, Diretor de Princesa Isabel Vinicius Batista, Diretor de Pedras de Fogo Frederico Campos, Diretor de Santa Rita Sabiniano Araújo e os Diretores Administrativos Josué Santos, Mario Jorge Silva, Ivamar Dantas e Raniery Antunes.

Ao final da reunião os pró-reitores fizeram os informes de cada pasta.