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IFPB tem nove equipes na final da Olimpíada Nacional de História do Brasil
O Instituto Federal da Paraíba está com nove equipes de estudantes selecionadas para a final da 13ª Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB). No IFPB, são quatro campi com equipes na final: três de João Pessoa, três de Campina Grande, duas de Esperança e uma de Catolé do Rocha. Nesta edição, a ONHB recebeu inscrições de 27,9 mil alunos dos 8º e 9º anos do Fundamental e do Ensino Médio.
Na Paraíba, as outras equipes são das escolas Motiva, Nossa Senhora de Lourdes, ECIT Prof Braulio Maia Junior, EEEFM Dr Jose Duarte Filho e Virgem de Lourdes. O professor de História do campus Campina Grande do IFPB, Glayds Veiga, informa que a Paraíba iniciou a competição com 241 equipes. Ele é um dos articuladores e incentivadores da Olimpíada na instituição e destaca que o IFPB iniciou a competição com cerca de 40 equipes, envolvendo, além dos finalistas, os campi Picuí e Monteiro.
Ao todo, foram realizadas seis fases online com duração de uma semana cada. A ONHB é um projeto do Departamento de História da Universidade de Campinas-SP e tem apoio do Programa de Pós-Graduação em História da Unicamp, com a participação de docentes, mestrandos e doutorandos de diversas universidades. Nesta edição, o foco é o Bicentenário da Independência do Brasil.
Campus Esperança homenageia mulheres nos nomes das equipes
O Campus Esperança do IFPB tem as equipes finalistas Anayde Beiriz e Hermiones orientadas pelo professor João Paulo França. A equipe Anayde Beiriz é composta por Ana Beatriz Avelino, Diego Batista Araújo e Rayssa Santos da Silva, estudantes do Curso Técnico Integrado ao Ensino Médio em Sistemas de Energia Renovável. A equipe Hermiones é composta por Ana Clara Lima de Oliveira, Sabrina Costa e Bianca Garcia dos Santos, alunas do Curso Técnico Integrado ao Ensino Médio em Informática.
“Estamos muito felizes com o resultado já alcançado. Esta é a 13ª ONHB e é a primeira vez que nosso campus, o IFPB-Esperança, consegue chegar com equipes à final. Ressalto o comprometimento dos estudantes e a persistência, que mesmo em um período pandêmico, aceitaram o desafio de participar da Olímpiada e se dedicar de maneira impressionante, ampliando suas jornadas de estudos, pesquisas e reuniões semanais”, destacou o professor João Paulo.
A estudante Ana Clara comentou que sempre gostou da disciplina de História e desde o primeiro ano no IFPB teve interesse em participar da ONHB, mas somente em 2021 formou equipe e se surpreendeu por chegar até a final. "Ir tão longe em uma olimpíada, no meio de uma pandemia e trazer esse marco para o nosso Campus é realmente incrível. Eu e minha equipe estamos muito felizes e orgulhosas por termos participado e alçado essa conquista. Isso é muito significativo e importante pra gente!! Agora o nosso maior desejo é passar desta última fase e já estamos trabalhando pra isso", declarou Ana Clara.
A aluna Rayssa destacou que a Olimpíada é uma forma de aprimorar o conhecimento e um mecanismo de aprendizagem de forma dinâmica e dialogada porque se tem um convívio em equipe mais intenso entre colegas e professor. "Durante todas as fases a gente sempre procurou entender e debater os assuntos que a Olimpíada abordava e mantendo o foco de chegar até a final porque a gente já tinha participado de outras edições e não tinha conseguido. Então, saber que estava na final foi realmente uma sensação de dever cumprido e satisfação pela bagagem que a gente adquiriu até agora". Ela frisou que sempre gostou de História e quando foi apresentada à ONHB se apaixonou ainda mais.
Campus Catolé do Rocha teve dez equipes participantes
No Campus Catolé do Rocha, a equipe finalista é a Olympe de Gouges formada por Francisca Raquel Jales Dantas, João Heitor Jacome de Almeida e Letícia Vieira Gonçalves, todos do curso técnico em Edificações integrado ao Ensino Médio. O IFPB Catolé do Rocha teve 10 equipes participantes, todas orientadas pela professora Luciana Carlos Geroleti, conseguindo estudantes ainda entre os semifinalistas.
“É o segundo ano que oriento equipes na ONHB e posso dizer que aprimorei muito minha prática docente desde lá. A ONHB ensina alunos e professores sobre História, sobre pesquisa, sobre produção de texto e especialmente sobre trabalho em equipe. E num mundo cada vez mais competitivo e individualista, o sentido do trabalho em conjunto é revolucionário”, destacou a professora Luciana.
“A ONHB aborda a história brasileira que é distanciada de seu próprio povo, que vai além dos limites existentes nas páginas dos livros, que gera crítica, discórdia e respeito. Desse modo, proporciona a valorização da nossa memória para a formação do cidadão brasileiro”, declarou Letícia.
Campus Campina Grande tem a maior nota do Estado
No Campus Campina Grande, passaram para a última etapa os alunos Clara Bispo, Kennedy Martins e Júlia Monteiro (Equipe Rapaduras), Catarina Ramalho dos Santos, Jonatas Tavares dos Santos e Nicolas Lohan Araujo Souza CtrlH(istoria); Thais Oliveira, João Victor Silveira e Rodrigo Paulo (Equipe NASA). Segundo o professor orientador das equipes, Glayds Veiga, a equipe Rapaduras teve a mais alta nota do Estado.
Clara está desde 2019 na disputa da ONHB e diz que ama a experiência. "A Olimpíada traz tantos debates atuais e tantos documentos incríveis, coisas que eu nunca nem imaginaria que existiam/tinham acontecido. Glayds sempre ajudou muito a gente, tornando as discussões ainda mais interessantes e divertidas. Agora nessa reta final, o professor tem preparado simulados e conversas com outros professores, o que ajuda a aliviar um pouco a ansiedade", comenta na expectativa pela prova online final.
O professor Glayds lembra que, em edições anteriores, o campus Campina já conquistou três medalhas de prata, quatro de bronze e 25 de cristal (menção honrosa). Outros campi do IFPB já chegaram até a final como Cabedelo, Campina Grande e João Pessoa. Glayds destaca que o IFPB é a instituição paraibana com mais equipes representantes na final porque além dos excelentes resultados em participações anteriores, conseguiu despertar em outros professores o interesse em participar da ONHB, através de palestras, encontros de planejamentos e debates de questões.
A estudante Catarina participa, pela terceira vez, da ONHB com sua equipe e considera uma oportunidade de aprender sobre a história nacional através do contato direto com as fontes históricas, com tirinhas, cartas antigas, músicas, leis e outros. "O interessante é que não precisa ser um aluno nota 10 em história para participar, só precisa estar disposto a aprender e ser sensível a conhecer a história através de outros olhares que não estão exclusivamente nos livros didáticos. A olimpíada mostra que, ao longo do tempo, movimentos sociais e minorias, apesar de não protagonizarem as narrativas tradicionais que conhecemos, também fizeram história. Dessa forma, assim como eles, também podemos fazer mudar os rumos da nossa história", destaca a aluna do IFPB.
A prova para os finalistas será realizada no dia 16 de agosto e a cerimônia de premiação virtual em 12 de setembro. A final terá 415 grupos de 99 cidades de todos os estados do país concorrendo a medalhas de bronze, prata e ouro, em uma competição adaptada para o modo remoto, pelo segundo ano, devido à pandemia. A região Nordeste é a que tem maior número de equipes na final, 285 grupos.
A estudante Thais também comentou com felicidade sobre a classificação: “Só tenho a agradecer ao IF e a todos os envolvidos, em especial ao professor responsável Glayds Veiga por nos permitirem participar dessa experiência incrível e única que é a ONHB, onde temos todo o apoio para que possamos conhecer o Brasil do ponto de vista dos historiadores. É uma honra enorme representar o Campus Campina Grande juntamente com a minha equipe João Victor Silveira e Rodrigo Paulo nesta olimpíada”.
Campus João Pessoa tem três orientadores diferentes
A equipe “Sensuais Fotossintetizantes da Mata do Buraquinho”, é formada pelos estudantes Enzo Cabral, Mariana Maximino e Gabriel Daher, dos cursos Técnicos em Instrumento Musical e Edificações. O grupo “Três Pamonhas Solipsistas” tem como integrantes Jamilly Witoria, Julia Dayane e João Antônio, todos alunos do curso Técnico em Edificações. A equipe “Marquesas de Fofocó” é composta pelas alunas Raquel Patrício, Noely Irineu e Maria Clara Portela, estudantes dos cursos técnicos em Instrumento Musical e Eletrônica. As equipes foram orientadas pelos professores de História Stênio D'avila, Fabrício Morais e Jivago Barbosa.
O aluno Enzo Cabral, do curso Técnico em Instrumento Musical, já comemora o fato de levarem o nome do IFPB para a final da competição. "Esse resultado é de extrema relevância para nosso Instituto, pois demonstra a força e o empenho da educação federal pública mesmo em tempos pandêmicos".
As equipes já passaram por seis fases online e estão nos preparativos para a final, que também será online, em 16 de agosto. Esta é a 11ª edição seguida da Olimpíada com participação do IFPB entre os finalistas.
Os depoimentos dos estudantes participantes deixam claro a paixão pela História e o envolvimento com novas formas de aprendizagem, como o acesso a documentos históricos, cartas, matérias que jamais teriam acesso no cotidiano. Muitos alunos do IFPB já são participantes veteranos da ONHB e de outras olimpíadas científicas.