O primeiro fim de semana da Festa Literária da Barra do Rio Mamanguape (FLIBA 2021) foi marcado por atividades culturais e literárias. A abertura do evento aconteceu com o “Acorda FLIBA” - um momento onde as crianças da comunidade ouviram a história “A Batalha pelas folhas sagradas”, com os artistas Nara Santos, Victor Alves e Renálide Carvalho. 

“Trata-se de uma história do paraibano Flávio José Rocha que aborda resistência e união. Foi um momento muito lindo e interativo com as crianças”, explica Renálide. Ewerton Brito tem apenas 9 anos, mas já entende a importância do tema da história. “Foi muito bom ouvir a história e ver a união das formigas para conquistar as folhas”.

À tarde, na Pousada Superparadise, Renálide e o professor Ynakam Leal apresentaram o projeto da FLIBA aos parceiros, turistas e moradores. Em seguida, o Grupo Coco da Barra animou ainda mais a festa, reunindo brincantes de coco de roda que juntos resgatam a tradição popular da comunidade.

O maracatu das Calungas deixou o pôr do sol da Barra ainda mais bonito. O grupo arrastou dezenas de participantes do evento num cortejo saindo da pousada até o largo da igreja local. Déo Santos, percussionistas do grupo desde 2014, define a apresentação como um momento de troca de experiências. “Culturalmente, a Barra (assim como todo o nosso Litoral Norte) é riquíssima e  mistura tradições indígenas e negras. Então, mais que uma apresentação, a gente viveu um momento de troca cultural, sentindo toda a energia ancestral local. Isso é muito importante num evento como esse”.

As atividades do primeiro dia de FLIBA terminaram com um Sarau Poético e lançamento do livro “Navios Cargueiros” de Marcos Andrade, além da apresentação musical do artista local Danillo Wagner. 

A baiana Yarla Sousa avalia positivamente o evento. “Para mim foi um momento maravilhoso que fortalece a cultura local e serve como um acalanto, um momento para respirar, diante da pandemia que ainda estamos vivendo. Só a cultura proporciona isso”.

Para Erivaldo Santana, morador da Barra, a FLIBA “além de destacar a cultura e as tradições, irá movimentar a economia e o turismo local, trazendo recursos para a comunidade”.

No domingo, dia 07, duas oficinas fecharam as ações do fim de semana. A Oficina de Xilogravura foi ministrada pelas artistas Samantha e Renálide; já a Oficina de Educação Popular foi ministrada por Flávio e Gabriely Ferreira.

Na opinião de Ynakam Leal, um dos organizadores da FLIBA, o primeiro fim de semana retratou a potencialidade do evento. “A programação está recheada de ações que valorizam a literatura, a arte e a cultura popular, além da remada que irá valorizar também o esporte e a riqueza paisagística da Barra”.

A FLIBA 2021 acontece até 12 de dezembro, de forma híbrida, com transmissão on-line através do YouTube. 

Verônica Rufino - Assessora de Comunicação da PROEXC/IFPB